O assunto foi tema de debate público realizado pela ALMG em maio de 2016

Base Nacional Comum Curricular será debatida na ALMG

Comissão de Educação discute nesta terça (19) proposta em estudo pelo Conselho Nacional de Educação.

15/09/2017 - 11:36

Debater a proposta da Base Nacional Comum Curricular que está em análise pelo Conselho Nacional de Educação. Esse é o objetivo da audiência pública que a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) promove nesta terça-feira (19/5/17), a partir das 15 horas, no Auditório José Alencar Gomes da Silva. O requerimento para a atividade é da deputada Celise Laviola (PMDB), presidente da comissão.

A parlamentar destaca a importância do debate neste momento, antes que a nova base curricular venha a ser efetivamente implementada, e ainda avaliar os rumos da educação no Brasil. "Discutir esse assunto é fundamental para entendermos como se dá o processo de aprendizagem de conteúdos considerados fundamentais", afirma. "A educação é o pilar para o desenvolvimento dos cidadãos. Ela cria meios para que eles exerçam, de forma plena e consciente, a cidadania", completa.

Segundo informações do Ministério da Educação (MEC), a Base Nacional Comum Curricular é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da educação básica.

Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (a LDB), essa base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de ensino dos estados, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio em todo o Brasil.

Diferenças - A base é uma referência nacional obrigatória, mas é diferente de um currículo. Ela serve justamente para orientar a revisão e a elaboração dos currículos nos estados e municípios, estabelecendo os objetivos que se espera que os estudantes venham a atingir.

Na prática, é o currículo que define como alcançar esses objetivos. As redes de ensino têm autonomia para elaborar ou adequar os seus currículos, de acordo com o estabelecido na base, conforme seus projetos pedagógicos.

A proposta foi entregue pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação em abril. Este último, após consulta popular, deve elaborar parecer e um projeto de resolução, que retornarão ao MEC. O conselho é um órgão que assessora o MEC, cabendo-lhe formular e avaliar a Política Nacional de Educação, garantindo a participação da sociedade nesse processo.

A partir da homologação da Base Nacional Comum Curricular, começará então o processo de formação e capacitação dos professores e o apoio aos sistemas de educação estaduais e municipais para a elaboração e adequação dos currículos escolares.

Convidados - Diversos especialistas em educação foram convidados para a audiência, entre eles o presidente da Comissão da Educação Básica no Conselho Nacional de Educação, José Francisco Soares. O conselho acaba de encerrar uma série de audiências pelo País para discutir o tema com a sociedade.

Instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Observatório Interamericano de Biopolítica e o Instituto de Políticas Governamentais do Brasil também devem ser representadas na audiência.

Consulte a lista completa de convidados para a reunião.