Ação da PM em reintegração de posse será debatida
Policiais foram convocados para participar da reunião sobre operação que resultou em ferimentos graves em adolescente.
10/05/2017 - 11:56 - Atualizado em 10/05/2017 - 15:28A atuação da Polícia Militar (PM) na reintegração de posse realizada no último 1º de maio na comunidade Manoel Aleixo, em Mário Campos (RMBH), será tema de audiência pública nesta quinta-feira (11/5/17), às 14 horas, no Plenarinho IV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A Comissão de Direitos Humanos vai discutir, a pedido do deputado Rogério Correia (PT), denúncias de violência da PM. Para tanto, o comandante e um integrante do 48º Batalhão, responsável pela operação, foram convocados para participar.
Os militares realizaram a operação de reintegração de posse sem autorização judicial. O caso ganhou repercussão principalmente porque uma garota de 14 anos foi atingida no rosto por um tiro de bala de borracha. Ela ficou gravemente ferida, perdeu vários dentes e uma importante artéria foi atingida. Um vídeo que registrou o momento viralizou na internet.
“Eram entre 50 e 80 pessoas da ocupação e uma menina recebeu um tiro de bala de borracha na boca. Pelo que me contaram, o tiro veio de um policial que estava a cerca de dois metros de distância. Não tem justificativa nenhuma, tantos policiais treinados precisarem de balas de borracha e bombas em uma desocupação de 50 pessoas”, disse Rogério Correia.
Convocados – Foram convocados a participar da audiência e prestar esclarecimentos o comandante do 48º Batalhão, tenente-coronel Hércules de Paula Freitas; e o integrante do mesmo batalhão, tenente Pedro Henrique Veloso Cunha.
Convidados – Foram convidados a participar da reunião o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; o ouvidor de Polícia da Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais, Paulo Vaz Alkimim; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público, Nivia Mônica da Silva; a defensora pública da Defensoria Especializada em Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, Ana Cláudia da Silva Alexandre; e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MG, Willian dos Santos.
Também foram chamados o advogado do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), Thales Augusto Nascimento Viote; o coordenador nacional do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Leonardo Péricles Vieira Roque; o membro da Frente Brasil Popular, Frederico Santana Rick; a coordenadora Estadual e Nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Antônia de Pádua; o coordenador Nacional do Movimento Luta de Classes, Renato Campos Amaral; o integrante do MLB, Jobert Fernando de Paula; o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Enio José Bohnenberger; e o secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), Jairo Nogueira Filho.