O deputado Antonio Carlos Arantes (centro) voltou a criticar a Operação Carne Fraca

Deputados querem debater cobrança de taxas na área rural

A denúncia é de que valores abusivos cobrados por cartórios estão inviabilizando empréstimos para produtores.

29/03/2017 - 15:53 - Atualizado em 29/03/2017 - 16:39

A Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta quarta-feira (29/3/17), requerimento de audiência para discutir a cobrança pelos cartórios de emolumentos (taxas) sobre registros de cédulas hipotecárias de áreas rurais. A solicitação também é assinada pelos deputados Glaycon Franco (PV) e Gustavo Santana (PR).

Segundo o deputado Antonio Carlos Arantes (PSDB), autor do requerimento e presidente da comissão, os cartórios chegam a cobrar até R$ 30 mil para registrar as cédulas, inviabilizando, muitas vezes, o acesso a créditos bancários.

Já o deputado Nozinho (PDT) solicita audiência pública no município de Itabira (Região Central do Estado), para debater a agropecuária como alternativa para os municípios mineradores.

Carne Fraca – Antonio Carlos Arantes voltou a criticar a Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal contra frigoríficos brasileiros. Ele afirmou que o assunto será debatido pela comissão e reclamou que a repercussão da ação pela mídia já provocou queda de produção nos setores de soja, frango e pecuária.

“Sou favorável a qualquer tipo de investigação da Polícia Federal, mas não podemos generalizar”, advertiu o parlamentar. Segundo ele, as irregularidades encontradas atingem uma parcela muito pequena dos quase 5 mil frigoríficos atuantes no País. “A carne do Brasil é forte. Uma das melhores do mundo”.

Outros assuntos que devem ser debatidos ainda este ano pela comissão, de acordo com o presidente, são a violência no campo e a municipalização das licenças ambientais.

Consulte o resultado da reunião.