O estímulo ao uso da energia solar fotovoltaica foi o centro das discussões em duas visitas realizadas pela Comissão de Minas e Energia em Brasília (DF), na última segunda-feira (22/8/16). O presidente da comissão, deputado Gil Pereira (PP), esteve primeiro na sede da Caixa Econômica Federal, onde foi recebido por seu presidente, Gilberto Occhi. Na sequência, o parlamentar foi ao Ministério das Minas e Energia, onde foi recebido em audiência pelo ministro Fernando Coelho Filho, além de técnicos federais.

Na Caixa, as discussões trataram de medidas de estímulo às construções sustentáveis e à aquisição de equipamentos de energia solar fotovoltaica. Apesar de a instituição financeira federal desempenhar papel de destaque no apoio às construções populares sustentáveis, segundo o parlamentar é necessário maior incentivo financeiro voltado à construção civil com enfoque ambiental, de modo a fortalecer toda a cadeia produtiva da energia solar fotovoltaica.

“A proposta é que sejam ampliadas pela instituição as linhas de financiamento para aquisição de equipamentos de energia fotovoltaica no âmbito do sistema habitacional, além do Programa Minha Casa, Minha Vida. Buscamos ainda interlocução junto ao Congresso Nacional para aprovação do projeto que possibilita a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no setor da construção civil com a mesma finalidade”, explica Gil Pereira.

Na audiência no Ministério, o titular da pasta confirmou a data de realização do segundo Leilão de Energia de Reserva, que acontecerá em 16 de dezembro. O parlamentar apresentou solicitação para que na ocasião seja leiloado pelo menos 1 Gigawatt (GW) de fonte fotovoltaica, além da manutenção dos leilões anuais e sua ampliação.

Representantes do consórcio empresarial multinacional Solatio Energia/Canadian Solar também participaram da reunião, incluindo o presidente da primeira, Pedro Vaquer Brunet. O consórcio empresarial projeta investimento de até R$ 6 bilhões em Minas Gerais nos próximos anos na implantação de um conjunto de 10 usinas de 30 Megawatt (MW) cada no Norte de Minas.

O grupo também está envolvido na construção da Usina Solar de Pirapora, na mesma região, com investimento em em torno de R$ 1,5 bilhão, que terá geração inicial de 150 MW e será a maior da América Latina.