O PLC 15/15 busca reduzir o tempo de efetivo serviço militar das mulheres para 15 anos, desde que comprovados 25 anos de contribuição previdenciária

Mulher militar pode ter tempo de serviço reduzido

Com parecer favorável da Comissão de Administração Pública, matéria ainda passará pela FFO antes de ir a Plenário.

31/05/2016 - 17:56 - Atualizado em 01/06/2016 - 10:59

A Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, nesta terça-feira (31/5/16), parecer de 1º turno pela aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 15/15. A proposição busca reduzir o tempo de efetivo serviço militar das mulheres para 15 anos, desde que comprovados 25 anos de contribuição previdenciária. 

De autoria do deputado Sargento Rodrigues (PDT), o PLC 15/15, que altera a Lei 5.301, de 1969, a qual contém o Estatuto dos Militares do Estado, segue agora para a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO), antes de ir para o Plenário.

A matéria busca adequar a legislação estadual à Lei Complementar Federal 144, de 2014. Essa lei garante às policiais o direito de requerer sua aposentadoria ou transferência para a reserva remunerada após 25 anos de contribuição, com proventos integrais, desde que se contem, pelo menos, 15 anos de efetivo serviço militar. Já a lei estadual, em seu artigo 136, prevê a necessidade de efetivo serviço militar por 25 anos de contribuição previdenciária para a policial ter acesso à aposentadoria.

Conforme destacou o relator da matéria, deputado Cabo Júlio (PMDB), baseado no parecer emitido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a realidade mostra que as condições de fato das mulheres na sociedade não são as mesmas dos homens.

“Ainda que a Constituição afirme que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, sabe-se que as mulheres possuem condições biológicas e experiências sociais que influenciam em suas vidas de forma diversa da experimentada pelos homens”, acrescenta o relator.

O parecer prossegue, invocando o princípio constitucional da igualdade e apontando a necessidade de corrigir essa distorção. Conclui afirmando que a proposição contribui para a redução das desigualdades de gênero mediante a concessão de aposentadoria especial às mulheres militares do Estado.

Requerimento - Na mesma reunião, foi aprovado requerimento do deputado Sargento Rodrigues, para convocar os diretores de Recursos Humanos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. O objetivo é que eles prestem esclarecimentos, com fundamentação legal, em audiência pública, sobre o motivo do pagamento de diárias aos comandantes-gerais das duas corporação e o não pagamento aos policiais e bombeiros militares.

O requerimento foi aprovado com a emenda nº 1, do deputado Paulo Guedes (PT), que substituiu a palavra convocação por convite.

Consulte o resultado da reunião.