Comissão já realizou diversas visitas a locais afetados por rompimento de barragem - Arquivo/ALMG

Comissão Extraordinária das Barragens se reúne na terça (29)

Audiência pública tratará dos efeitos do rompimento da barragem da Samarco em Mariana em novembro do ano passado.

23/03/2016 - 15:53

A Comissão Extraordinária das Barragens realiza nesta terça-feira (29/3/16) audiência pública, às 10 horas, no Plenarinho IV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O requerimento é de autoria dos deputados Agostinho Patrus Filho (PV), João Magalhães (PMDB), Celinho do Sinttrocel (PCdoB), Celise Laviola (PMDB), Cássio Soares (PSD), Rogério Correia (PT), Gustavo Valadares (PSDB), Gustavo Corrêa (DEM), Thiago Cota (PMDB), Gil Pereira (PP) e Bonifácio Mourão (PSDB).

A reunião pretende discutir as consequências do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, no município de Mariana (Região Central do Estado). “Queremos saber qual é real situação dos atingidos no acordo e qual a garantia de que as empresas cumprirão o acordo?”, disse o deputado Rogério Correia, relator da comissão. O parlamentar ainda disse que não é contra a retomada das operações da Samarco, mas “tem que estar claro qual seria o plano de retomada das atividades, em especial no que se refere às questões socioambientais”, afirma.

O rompimento da barragem de Fundão aconteceu no dia 5 de novembro de 2015. Os rejeitos da mineradora provocaram uma onda de lama que atingiu municípios próximos, principalmente o distrito de Bento Rodrigues, deixando centenas de pessoas desabrigadas. Ao todo, já foram confirmadas 18 mortes, mas ainda há um desaparecido. A lama de rejeitos, carregada pelo Rio Doce, chegou a atingir o estado do Espírito Santo. As causas do rompimento ainda estão sendo investigadas.

Convidados - Foram convidados o procurador da República no Estado de Minas Gerais, José Adércio Leite Sampaio; o coordenador-geral das Promotorias de Meio Ambiente por Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais e coordenador do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais do Ministério Público de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto; o promotor de justiça da Comarca de Mariana, Guilherme de Sá Meneghin; o secretário executivo da Mesa de Diálogo e Negociação, Hélcio Borges; e o membro da Coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens, Mateus de Melo.