Rogério Correia anunciou novas nomeações de professores
O ex-presidente Lula foi alvo de críticas de Gustavo Corrêa
Para Durval Ângelo, a condução de Lula foi ilegal e sinal de golpe
Felipe Attiê reclamou da economia e defendeu privatização da Petrobras
Geisa Teixeira lamentou violência em Varginha, no Sul de Minas
Antônio Carlos Arantes criticou o modelo econômico e sugeriu renúncia de Dilma

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 10/3/16

Deputados da base e da oposição se revezam entre defesa e críticas ao governo e ao ex-presidente Lula.

10/03/2016 - 21:39 - Atualizado em 11/03/2016 - 10:35

Educação
O deputado Rogério Correia (PT) falou sobre novo acordo entre o Governo do Estado e o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE), que amplia para 45 mil por ano o número de professores nomeados, para preencher as vagas dos demitidos a partir da inconstitucionalidade da Lei Complementar 100, de 2007. Considerando que, no ano passado, foram convocados 15 mil trabalhadores, até 2018 serão nomeados 135 mil professores. Atualmente, 130 mil são designados e 65 mil são efetivos. Também informou que o Executivo pretende aumentar o piso salarial dos professores por meio de reajuste, retroativo a janeiro, e não mais por abono. O parlamentar pediu apoio dos deputados a duas proposições que beneficiam os afetados pela Lei 100, referindo-se ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 50/16 e ao Projeto de Lei (PL) 3.230/16. Por fim, leu um texto da jornalista Ângela Carrato, no qual critica o novo presidente da Argentina, Maurício Macri. Segundo o texto, a taxa de rejeição do governo já seria de 50%.

Críticas
O deputado Gustavo Corrêa (DEM) afirmou que os parlamentares do PT deveriam explicar os equívocos do partido no governo. Ele salientou, que no próximo domingo (13), o povo irá para as ruas para manifestar sua indignação com a forma como a presidente Dilma Rousseff vem dirigindo o País. O parlamentar disse ainda que ficou indignado com a fala do ex-presidente Lula, que “se não for preso, será o próximo presidente do Brasil”. Para Gustavo Corrêa, o ex-presidente se acha acima da lei e não consegue explicar de onde veio o seu dinheiro. O parlamentar também criticou o governador Fernando Pimentel, e disse não acreditar que ele cumprirá a promessa de pagar o piso salarial dos professores. O parlamentar afirmou, ainda, que o governador prometeu enviar à ALMG projeto para a reforma administrativa do Estado, mas apenas aumentou o número de servidores. Ele também criticou o governo por não ter repassado, neste ano, recursos para merenda nas escolas.

Lula I
Líder do Governo, o deputado Durval Ângelo (PT) citou seu artigo “Lula e a razão cínica das elites”, publicado, nesta quinta-feira (10), no jornal O Tempo. No texto, ele afirma que a condução coercitiva do ex-presidente foi um atentado ao Estado Democrático de Direito, uma encenação midiática e um simulacro de investigação com tons de regime de exceção. Para o parlamentar, o objetivo da operação era desmoralizar não somente Lula, mas os movimentos que apoiam o ex-presidente. Ele disse, ainda, que o plano era prender Lula e conduzi-lo para Curitiba. Durval Ângelo reclamou que o mesmo tratamento não foi dado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que sempre depôs em sua própria casa. “Esta é uma tentativa de golpe no Brasil e acho que é preciso fazer uma reflexão para que a democracia seja fortalecida”, afirmou. Em aparte, o deputado Rogério Correia disse que o senador Aécio Neves teria afirmado que nem ele nem Lula podem ser pré-julgados.


Lula II
O deputado Felipe Attiê (PP) também criticou o ex-presidente Lula. Ele afirmou que empreiteiras que estão sendo investigadas pela Polícia Federal contribuíram com R$ 30 milhões para o Instituto Lula. “Lula é um mau exemplo do início ao fim como pessoa”, afirmou. Felipe Attiê reprovou a atitude do senador Delcídio do Amaral em sua delação premiada à Polícia Feredal, por ter feito referências a Aécio Neves sem explicar a denúncia. Ao falar sobre a situação de Minas, o deputado disse que houve uma queda de 8,8% na indústria, 6,5% na agropecuária e 2,5% no setor de serviços. Segundo ele, o PIB estadual deve apresentar uma retração de 6%, o que seria, de acordo com ele, superior ao nacional, que caiu 3,8%. O parlamentar também condenou a política externa do governo federal e sugeriu que sejam estabelecidos acordos comerciais com países como o México. Por fim, Felipe Attiê defendeu a privatização da Petrobras, empresa que considera ineficiente. “O Brasil está afundando”, concluiu.

Violência
A deputada Geisa Teixeira (PT) lamentou o aumento da violência em Varginha (Sul de Minas). De acordo com a parlamentar, enquanto o índice de homicídios no Estado diminuiu, em Varginha houve um aumento de 60%, o que faz com que a cidade tenha o maior número de assassinatos entre municípios com mais de 100 mil habitantes. Geisa Teixeira disse que, quando seu falecido marido, Mauro Teixeira, foi prefeito, os bairros mais pobres tinham atenção da prefeitura com projetos sociais importantes, que conseguiram tirar centenas de crianças e jovens da criminalidade. A deputada também defendeu o ex-presidente Lula e os programas sociais criados durante seu governo. Para ela, durante o governo do PT, os pobres tiveram oportunidade de estudar, inclusive em outros países. “Na minha época, não conseguimos chegar a um nível melhor”. Em apartes, o deputado Doutor Jean Freire e a deputada Marília Campos, ambos do PT, reclaram de críticas ao governo federal e ao ex-presidente Lula feitas por outros parlamentares, baseadas apenas em ofensas.

Crise
Já o deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) criticou o atual modelo econômico do Brasil que, em sua opinião, está falido. Segundo ele, o Estado inchou a máquina pública e registra baixa produtividade, além de altos impostos. Por outro lado, conforme Antônio Carlos Arantes, faltam recursos para saúde e educação. O deputado afirmou que o Brasil é campeão em analfabetismo funcional, no qual a pessoa aprende a ler, mas não compreende o texto. “É uma bomba relógio que, a qualquer momento, vai explodir”, disse. Antônio Carlos Arantes defendeu a renúncia da presidente Dilma, por considerar que ela não tem mais moral para continuar no cargo, e sugeriu que o próximo governo busque uma convergência política para que o País saia da crise. “O Brasil está em falência total”, concluiu. Em aparte, o dpeutado Sargento Rodrigues (PDT) anunciou que, no próximo dia 16, será realizada uma audiência pública na ALMG, para debater problemas da saúde dos policiais e bombeiros militares e seus familiares.

 

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