Participantes confirmaram presença em encontro da Frente Brasil Popular Mineira, que será realizado nesta sexta (4), para continuar a discussão iniciada na ALMG
Além dos deputados, participaram do ato representantes de partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais

Ato em repúdio a pedido de impeachment marca reunião

Deputados estaduais da base do Governo e movimentos sociais participaram de encontro nesta quinta (3), na ALMG.

03/12/2015 - 19:44

Deputados da base do Governo, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais fizeram nesta quinta-feira (3/12/15), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), um ato de repúdio ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Eles destacaram a necessidade de definir ações para fazer frente a essa situação e de construir um movimento nacional a favor da democracia.

Os participantes do evento na ALMG confirmaram presença em encontro da Frente Brasil Popular Mineira, que será realizado nesta sexta (4), para continuar a discussão. A reunião será às 18h30, no Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro), na Rua Mucuri, 271, no bairro Floresta, na Capital. Também está prevista a realização de uma plenária mais ampla no próximo dia 11.

A deputada Marília Campos (PT) destacou que é importante que todos os atores se articulem para lidar com essa nova situação. Já a deputada Cristina Corrêa (PT) afirmou que a situação, que pode ser considerada como uma tentativa de golpe, deve fortalecer o País.

Para o deputado Rogério Correia (PT), chegar a esse momento era inevitável. “O governo estava refém de uma posição ultraconservadora do Congresso. Era urgente que se tomasse uma posição”, colocou.

Já o deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) acredita que é preciso resistir à tentativa de golpe. “Minas não aceita isso. Vamos defender o mandato da presidenta”, salientou. O deputado João Alberto (PMDB) falou que o PMDB mineiro apoia o governo da presidente Dilma Rousseff e vai lutar pela continuidade de seu mandato.

Para dirigente do PT em Minas, pedido de impeachment agride democracia

A presidente do Diretório Estadual do PT, Cida de Jesus, ressaltou que o pedido de impeachment é uma agressão à democracia. Ela acrescentou que, nesta sexta (4), o presidente nacional do partido realizará uma reunião com dirigentes estaduais para uma discussão mais aprofundada sobre o assunto.

O secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda ressaltou que é importante reforçar a campanha “Fora Cunha”. Ele destacou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relaciona-se a uma pauta muito ruim e conservadora. Nilmário também salientou que a aceitação do pedido de impeachment da presidente pelo parlamentar aconteceu depois que deputados petistas anunciaram que apoiariam processo contra ele, o que foi uma retaliação.

Participaram do ato, entre outros, representantes do PT, do PCdoB, da Juventude do PT, do Câmara Municipal de Belo Horizonte, da Refundação Comunista, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE-MG) e do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais (Sinjus-MG).

Histórico - O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha, anunciou na última quarta (2) que aceitaria pedido de impeachment apresentado pelos advogados Helio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Os três alegam que a presidente cometeu vários crimes de responsabilidade, sobretudo, na área fiscal, por exemplo, com a edição de decretos para liberação de créditos sem autorização do Congresso Nacional. Nesta quinta (3), o pedido de impeachment foi lido na Câmara dos Deputados.