Sob a regência de 18 maestros, 20 corais interpretaram canções de compositores consagrados, músicas populares de Natal e peças de tradições e culturas diferentes
O público lotou o Hall das Bandeiras

Corais emocionam o público na Cantata de Natal

A 9ª edição do evento contou com a participação de 300 vozes, em palco montado no Hall das Bandeiras.

02/12/2015 - 20:30 - Atualizado em 03/12/2015 - 12:35

Corais de diversas instituições do Estado cantaram clássicos natalinos dos séculos XVII, XVIII e XIX no palco da 9ª edição da Cantata de Natal da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada na noite desta quarta-feira (2/12/15). Apesar da chuva forte, o evento recebeu um grande público, que lotou o Espaço Político-Democrático José Aparecido de Oliveira (Hall das Bandeiras). 

Sob a regência de 18 maestros, 20 corais interpretaram canções de compositores consagrados, como Christopher Tim, John Wade, Clecius e Cavalcanti, Mendelssohn, Franz Gruber, Saint Saens, Bach, Wendell Whalum e Haendel. Canções populares de Natal e peças de tradições e culturas diferentes, sobretudo africanas, também integravam o programa. O público, emocionado, juntou-se às 300 vozes dos corais para cantar a tradicional Noite Feliz e pediu bis para Betelehemu, canção de natal nigeriana, cantada na língua Iorubá.

Fizeram parte do programa a Orquestra de Câmara Opus, o cravista Antônio Carlos de Magalhães, a soprano Andrea Peliccioni e o tenor Júlio César de Mendonça. Entre os corais, participaram o da ALMG, da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB-BH), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Canarinhos de Itabirito, Cidade em Canto, Contas & Cantos, da Copasa, da Imprensa (ABT), Jovem Sesc, dos Correios Vozes de Minas, do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), do Ministério Público de Minas Gerais, Encanto das Gerais, Jovens Cantores do Instituto de Educação de Minas Gerais, Júlia Pardini, Trem das Vozes (AEPS), Vozes da Liberdade (MPF/MG), Vozes das Gerais (INSS/Receita Federal BH), Vozes na Estrada (DER) e Madrigal Cura D'Ars.

Prestigiaram o espetáculo o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB); o procurador-geral de Justiça do Estado, Carlos André Mariani Bittencourt; a defensora pública-geral do Estado, Christiane Neves Procópio Malard; o secretário de Estado de Cultura, Angelo Osvaldo; entre outros parlamentares e autoridades. 

Repertório teve canção em iorubá

Dentre as novidades da 9ª edição da Cantata de Natal, destacaram-se a composição Tu scendi dalle stelle, de Santo Afonso Maria de Ligório, um dos autores católicos mais lidos e também o santo padroeiro dos confessores. Outra canção de destaque foi Tollite Hostias, do compositor francês Charles-Camille Saint-Saëns, que também compôs a ópera Sansão e Dalila.

Betelehemu, de Wendell Whalum, é uma das peças mais novas do repertório, composta na década de 1960 e baseada numa canção de natal nigeriana. A música foi executada em sua língua original, o iorubá, idioma trazido por escravos africanos ao Brasil e que deu origem a diversas palavras da nossa língua, como acarajé e orixá.

Também foram apresentadas Adeste Fideles, de John F. Wade; Transeamus, de Joseph Schnabel; Noite Azul, de Clecius e Cavalcanti; Eis dos Anjos a Harmonia, de Mendelssohn; Noite Feliz, de Franz Gruber; Baba Yetu, de Christopher Tim; Christmas Carol Festival, de Leroy Anderson; Canção dos Sinos, de Mykola Dmytrovych Leontovych; Pannis Angelicus, de Cesar Franck; Jesus Bleibet Meine Freude (Jesus Alegria dos Homens), de J. S. Bach; e Halellujah, de G. F. Haendel.

Histórico – A Cantata foi criada pela ALMG em 2007 para celebrar a chegada do Natal. Os objetivos do evento são democratizar o acesso à produção cultural, valorizar o canto coral e aproximar as instituições e os servidores públicos da população. Além disso, o evento contribui para a formação de um público apreciador da música erudita.