Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 17/11/15
Desastre em Mariana repercute na fala de parlamentares, que questionam atuação da Samarco e dos órgãos ambientais.
17/11/2015 - 18:36 - Atualizado em 18/11/2015 - 15:04Mineradoras I
O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) afirmou que é preciso melhorar a fiscalização nas mineradoras. Ele acredita que os mesmos assuntos do passado continuam sendo tratados hoje e que as mineradoras estão colocando a população contra a ALMG ao afirmar que, se a Assembleia fiscalizar, causará desemprego na cidade. O parlamentar disse que o presidente da Samarco deveria ser preso pelos danos causados. Ele lembrou do acidente que aconteceu no bairro Gameleira, na Capital, há 40 anos, e lamentou que muitos moradores ainda não foram indenizados. “Isso vai acontecer com os moradores atingidos pelas barragens de Mariana (Região Central do Estado); a empresa já está fazendo acordo com as vítimas”, denunciou. O deputado reclamou da ausência dos representantes da empresa na reunião da Comissão das Barragens realizada na manhã desta terça (17/11/15). Em outro momento, Alencar da Silveira Jr. defendeu a liberação dos jogos no Brasil, assunto abordado em debate público realizado pela ALMG no dia 13/11.
Mineradoras II
O deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB) também abordou o tema da barragem rompida. O parlamentar afirmou que faltam estrutura e recursos para fiscalização. “Se fosse um período de chuva, isso dificultaria a fiscalização, mas não chove há muito tempo,” afirmou. Ele acredita que dificilmente o meio ambiente será recuperado na região atingida. O parlamentar também reclamou da segurança pública no Estado. Para ele, o Governo de Minas está com dificuldade nessa área. “O modelo atual está falido, os criminosos estão à vontade e matam à luz do dia”, disse. Antônio Carlos Arantes cobrou uma ação positiva das polícias. O deputado criticou o aumento de impostos e do preço da energia elétrica. Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) afirmou que a base do governo está impedindo a atuação da Comissão de Segurança Pública, como se os problemas dessa área estivessem resolvidos. Em outro aparte, o deputado Inácio Franco (PV) defendeu que os fazendeiros tenham armas para se protegerem dos bandidos.
Rio Doce
A poluição do Rio Doce foi abordada pela deputada Celise Laviola (PMDB), que disse que o rio morreu, pois está sem oxigênio. Ela afirmou que a assistência básica está chegando e o preocupante é como os ribeirinhos viverão no futuro. “A nossa preocupação é se será possível recuperar o rio e reviver nossa história”, disse. Ela criticou a empresa Samarco por não enviar representante à reunião da Comissão das Barragens, na manhã desta terça (17). Celise Laviola parabenizou o Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Governador Valadares (Vale do Rio Doce), por ter conseguido tratar a água do rio e regularizar o abastecimento local. A parlamentar acredita que a lama que saiu da barragem de rejeitos não pode ficar na região, pois entende que o problema é de todo o Brasil, não somente do Estado. Em aparte, o dpeutado Professor Neivaldo (PT) disse que o rompimento da barragem foi um desastre, e não um acidente. Em outro aparte, o deputado Fábio Cherem (PSD) disse que houve imperícia da mineradora.
Saúde
O deputado Arnaldo Silva (PR) criticou o funcionamento do hospital municipal de Uberlândia (Triângulo Mineiro). Segundo o parlamentar, foram fechados leitos no hospital, que teria uma dívida de R$ 23 milhões. De acordo com ele, a União entraria com 50% dos recursos para custeio e o Estado com 25%. “Muitas Santas Casas não contam com esse financiamento e prestam serviço de melhor qualidade” afirmou. O deputado também abordou o início das atividades da Comissão Extraordinária das Barragens. Para ele, a mineração precisa ser tratado de forma mais ampla, “com a grandeza que o assunto merece”, e lembrou de vários problemas ambientais causados pelas mineradoras. Arnaldo Silva também parabenizou o deputado federal Odelmo Leão (PP-MG) pelo trabalho na Câmara dos Deputados, citando projetos de sua autoria, como o que permite cooperação entre União, Estados e municípios na gestão de resíduos sólidos.
Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.