Oradores – Reunião Ordinária de Plenário de 7/5/15
Parlamentares comentaram sobre a ideologia de gênero e a atuação do Governo do Estado em seus primeiros meses.
07/05/2015 - 18:48Ideologia de gênero
O deputado Leandro Genaro (PSB) citou uma notícia publicada em abril, pela imprensa, de que escolas de Belo Horizonte estariam adotando banheiros unissex para crianças. Segundo o parlamentar, isso aconteceu em uma Unidade Municipal de Educação Infantil, na Pampulha, em consequência de uma tentativa de impor, em nível municipal e estadual, o que ele chamou de “ideologia de gênero”, algo que destruiria a noção de família. Genaro também comentou uma notícia desta terça (5), segundo a qual alunos de uma escola de Santa Luzia (RMBH) receberam um poema erótico como atividade escolar. “Querem erotizar nossas crianças, mas eu sei que, nesta Casa e nas outras Assembleias, não vamos deixar que introduzam ideologia de gênero”, pontuou. Em apartes, os deputados João Leite (PSDB), Léo Portela (PR) e Noraldino Júnior (PSC) manifestaram seu apoio e afirmaram que o fato de o Estado ser laico não pode prejudicar o direito à fé.
Falta de investimento
O deputado Gustavo Valadares (PSDB) criticou o governo de Fernando Pimentel pela falta de investimentos, após mais de quatro meses de gestão. O parlamentar exibiu, da tribuna, um anúncio de página inteira pago pelo Governo do Estado em um jornal mineiro. Segundo ele, um governo que se diz “quebrado” não deveria gastar tanto com publicidade. Também afirmou que as informações divulgadas pelo atual governo são enganosas e que Fernando Pimentel está inchando a máquina pública. Valadares afirmou que o bloco da oposição apresentou, nesta quinta (7), requerimento para que o Executivo liste as 500 obras do governo anterior que estariam paralisadas, apontando ainda a origem dos recursos para sua execução e a ordem de paralisação das obras. Em aparte, o deputado João Leite disse que o governo acabou com o Ballet Jovem, do Palácio da Artes, e fechou o Palácio da Liberdade. Já o deputado Felipe Attiê (PP) afirmou que o Estado apresentaria um superávit de 100 milhões.
Educação
A deputada Cristina Corrêa (PT) disse que, durante os nove anos em que foi professora do Estado, a categoria foi tratada com desrespeito e descaso pelo governo anterior. Segundo ela, hoje as negociações entre trabalhadores da educação e o governo avançaram muito. Ela citou a nomeação de 1,5 mil professores para atuar na educação básica e o compromisso do governo em nomear 60 mil educadores até 2018. Em aparte, a deputada Marília Campos (PT) lembrou o espancamento de professores ocorrido no Estado do Paraná, governado pelo PSDB, comparando com a atitude de “exaustiva negociação” adotada pelo governador Fernando Pimentel em Minas Gerais. Paulo Lamac (PT) afirmou que o governo não terá problemas em revelar a lista de obras paralisadas pelo governo passado. Celise Laviola (PMDB) elogiou esforço anunciado para destravar 26 mil processos de aposentadoria. Dirceu Ribeiro (PHS) comentou conquistas do município de Ubá na área da educação.
Viaduto
O laudo da Polícia Civil sobre a queda do viaduto Batalha dos Guararapes foi o tema abordado pelo deputado João Vítor Xavier (PSDB). Ele disse ser necessária uma investigação extremamente profunda do Ministério Público e que a instituição deve uma satisfação para a sociedade. “Um viaduto não cai do nada, e sim por incompetência humana”, afirmou. O parlamentar salientou que os responsáveis devem ser indiciados, pois a obra que deveria ser um legado da Copa do Mundo envergonhou Belo Horizonte. “A investigação tem que continuar, persistir, e essa Casa também vai atuar”, declarou. Em apartes, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) parabenizou toda equipe da Polícia Civil que apurou o caso, já João Leite condenou o encontro, a portas fechadas, entre o procurador geral da República, Rodrigo Janot, e o governador Fernando Pimentel, no momento em que este último estaria sendo investigado em razão de investimentos da União no exterior.
Administração
Em seu pronunciamento, o deputado Ulysses Gomes (PT) comparou a situação do governador Fernando Pimentel com a do ex-presidente Lula, em 2003. Segundo o parlamentar, a oposição ainda não aceitou a derrota, mas precisa deixar o governador trabalhar. Ulysses Gomes disse lembrar como Lula precisou reconstruir o País após sua vitória, em uma situação econômica difícil. O deputado questionou a atual oposição, classificando como contraditória sua cobrança de informações, que frequentemente não eram prestadas no governo anterior, da forma devida. Acrescentou que aqueles que criticavam programas federais, como o Mais Médicos, hoje podem presenciar a eficácia das medidas federais. O parlamentar afirmou que Pimentel está pagando as contas da gestão passada, mas que vai trabalhar com transparência. “Eu não tenho dúvida que Pimentel tem condições de fazer com que Minas cresça e se desenvolva”, concluiu.