Foram debatidas as necessidades de mobilizar as mulheres mineiras e de alavancar as pautas sobre maior participação feminina na política

Comemoração do Dia da Mulher terá ciclo de debates na ALMG

Reunião com representantes da bancada feminina marca início dos preparativos do evento.

05/02/2015 - 15:26 - Atualizado em 06/02/2015 - 16:17

Para organizar o ciclo de debates que vai abordar reforma política e participação da mulher nos espaços decisórios, foi realizada uma reunião preparatória na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na manhã desta quinta-feira (5/2/15). O evento vai marcar as comemorações do Dia Internacional da Mulher (8 de março).

A reunião, conduzida pela deputada Rosângela Reis (Pros), contou com a participação de outras cinco deputadas que integram a bancada feminina na ALMG: Celise Laviola (PMDB), Ione Pinheiro (DEM), Cristina Corrêa, Geisa Teixeira e Marília Campos (as três do PT).

Os participantes da reunião enfatizaram a necessidade de mobilizar as mulheres mineiras e alavancar as pautas sobre maior participação feminina na política. A deputada Rosângela Reis propôs a formação de uma comissão especial para abordar as questões relacionadas à mulher. Ela também destacou a intenção de que o debate seja interiorizado, ampliando as discussões em cidades-polo do Estado.

Há ainda a proposta de que, ao final das discussões, seja elaborado um relatório, a ser levado ao Congresso Nacional, com sugestões para uma reforma política que concretize a efetiva participação feminina nos espaços de poder.

Em relação à reforma política, foram defendidos o financiamento público das campanhas eleitorais e a alternância de poder, considerados fundamentais para mudar “a concepção patriarcal do poder político”. A ausência de mulheres na Mesa da ALMG também foi alvo de críticas. O exemplo da Bolívia, cuja reforma teria garantido maior presença feminina no Parlamento, foi citado como modelo a ser seguido.

Também esteve em discussão a violência contra a mulher, sobretudo em âmbito familiar. Algumas militantes destacaram que a ausência feminina em instâncias decisórias é também uma forma de violência.

Outro alvo de críticas foi a recomendação do Ministério Público (MP) para que as maternidades públicas comuniquem o nascimento de filhos de mães usuárias de drogas. O assunto foi tema de audiência da Comissão de Segurança Pública no dia 27 de janeiro.

Ao final da reunião, decidiu-se que na próxima semana serão realizados dois novos encontros. O primeiro, na terça-feira (10), reunirá membros de uma comissão formada nesta quinta (5), com o objetivo de formatar uma proposta do ciclo de debates, com sugestão de nomes de palestrantes e temas a serem abordados. A segunda reunião será na quinta-feira (12), com o objetivo de discutir as propostas apresentadas por esse grupo.

Presenças - A reunião contou com representantes de diversos movimentos sociais: Consórcio Mulheres das Gerais, Conselho Estadual da Mulher e Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (ambos vinculados à Sedese), Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Defensoria Pública, Rede Afro LGBT, Marcha Mundial das Mulheres, Sindicatos Único da Educação (Sind-UTE) e dos Professores (Sinpro-MG), Centrais Única dos Trabalhadores (CUT-MG) e dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Conselho Regional de Psicologia, Prefeitura de Contagem, Coordenadorias da Mulher de Nova Lima e Lagoa Santa e movimento Quem Luta Educa, entre outros.