Aumento de verbas para despesas de manutenção e ampliação do número de profissionais para melhorar o atendimento dos 617 usuários da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Sete Lagoas (Região Central do Estado). Essas foram algumas das demandas apresentadas aos deputados da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em visita realizada ao local na manhã desta segunda-feira (5/5/14). Também foram solicitadas melhorias físicas de setores como o consultório odontológico e de equipamentos adaptados de informática, além da manutenção dos dois ônibus utilizados para o transporte das pessoas atendidas.

Os autor do requerimento para o encontro e presidente da comissão, deputado Duarte Bechir (PSD), e os deputados Duílio de Castro (PMN) e Liza Prado (Pros) foram recepcionados pelo presidente da Apae de Sete Lagoas, Francisco Eugênio Barbosa Raposo, e por diretores da unidade. Lá, os deputados visitaram setores de educação, saúde e serviço social, além de salas de informática, de aula e de professores, biblioteca, oficina de arte, refeitório, entre outros. Eles verificaram a estrutura do local, com seus cinco blocos espalhados em uma área de 20 mil m², onde trabalham 170 profissionais que atendem pessoas de seis cidades vizinhas.

Essas demandas também foram reforçadas na audiência pública realizada à tarde na Câmara Municipal de Sete Lagoas pelo presidente da Apae. Ele apresentou outras reivindicações, como a ampliação da clínica médica e do auditório, a reforma da rede física, elétrica e hidráulica e da quadra poliesportiva, além de novas salas de aula, adequação dos aparelhos tecnológicos e mais veículos para visitação domiciliar.

Segundo Francisco Eugênio Raposo, a Apae de Sete Lagoas foi fundada em setembro de 1970 e é voltada para a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência intelectual. A instituição é especializada em habilitação e reabilitação de pessoas com deficiências intelectual e múltipla. Ainda de acordo com ele, dos 617 atendidos, 52 alunos estão inseridos no mercado. Além disso, a clínica médica da Apae faz 6 mil atendimentos por mês.

Já o diretor da Apae de Mariana, Cristiano Casimiro dos Santos, apresentou outras sugestões, como o nivelamento dos salários dos profissionais das Apaes, já que alguns são pagos pelas prefeituras e outros pelo Estado, sem um piso igual. Ele reivindicou também direcionamento de verbas e ponto de ônibus com acessibilidade em frente às Apaes. Além dele, estiveram presentes na reunião representantes de Apaes de outras cidades vizinhas, como Felixlândia, Três Marias e Prudente de Moraes. 

Encontros vão traçar um diagnóstico no Estado

O deputado Duarte Bechir lembrou que esse foi o segundo encontro, de uma série de dez, que a Comissão de Educação está promovendo para aproximar o Poder Legislativo das Apaes. "Essas instituições se consolidam como protagonistas de inclusão das pessoas com deficiência”, afirmou. Ele informou que a comissão já esteve em São Lourenço, onde foi possível avaliar a importância do serviço prestado pela entidade. Em Sete Lagoas, ele reafirmou a necessidade de recursos para a manutenção das instalações físicas da Apae. “Queremos traçar um diagnóstico para ajudar efetivamente as Apaes. Elas não podem continuar sobrevivendo de doações”, afirmou.

A deputada Liza Prado, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, destacou a importância das reuniões para realizar um raio X das Apaes. Ela afirmou que em Sete Lagoas a maior necessidade da Apae é de verbas para manutenção e para a construção de uma quadra poliesportiva coberta.

Para o deputado Duilio de Castro, as visitas e reuniões são importantes para ouvir sugestões da população. Em sua opinião, o relatório final da comissão servirá de referência para Minas Gerais abraçar ainda mais a causa das Apaes. Ele sugeriu que os recursos da Lei Roaunet sejam direcionados para os municípios que têm projetos relacionados com as Apaes.

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