Impactos ambientais no Médio Paraopeba serão discutidos
Comissão Extraordinária das Águas terá audiência sobre o assunto em São Joaquim de Bicas, nesta terça (29).
25/10/2013 - 15:00Debater os impactos ambientais causados pelos grandes empreendimentos na região do Médio Paraopeba, que engloba cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Esse é o objetivo de dois eventos em São Joaquim de Bicas (RMBH), solicitados pela deputada Maria Tereza Lara (PT), que a Comissão Extraordinária das Águas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza nesta terça-feira (29/10/13).
Pela manhã, às 10 horas, a comissão faz uma visita à Fazenda do Retiro Nossa Senhora da Paz (Rodovia São Joaquim, nº 271, estrada para Brumadinho), onde vão verificar a realidade de um afluente do Rio Paraopeba que passa na propriedade. Já à tarde, às 14 horas, haverá audiência pública, no Centro Social de Farofa, que fica na rua José Ângelo, 16, bairro Nossa Senhora da Paz.
Além de São Joaquim de Bicas, fazem parte da região do Médio Paraopeba municípios como Contagem, Betim, Ibirité, Igarapé, Brumadinho, Mário Campos, Juatuba e Sarzedo, Mateus Leme, Florestal e Esmeraldas, todas na RMBH.
Segundo o gabinete da deputada, a demanda partiu de comunidades desse município e de outros da região preocupadas, principalmente, com a degradação ambiental provocada pela mineração. Foram convidados para a reunião diversas autoridades, representantes de entidades religiosas, associação de moradores e ONGs que atuam na região.
Diversidade - Entre as entidades que participarão da audiência está o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba. O site do comitê informa que a bacia do rio ocupa um território de 13.643 km² em uma extensão de 537 km de leito do rio. Das nascentes em Cristiano Otoni (Região Central do Estado) até a foz em Felixlândia (na mesma região), no lago de Três Marias, a bacia apresenta diferentes características físicas, demográficas e econômicas.
Na região que será objeto do debate, o Médio Paraopeba, há uma rica diversidade industrial, com destaque para indústrias automobilísticas, petroquímicas e alimentícias. A mineração de ferro, que mais preocupa a comunidade regional, está presente sobretudo nas serras de Itatiaiuçu, Serra Azul e Farofas, que pertencem ao Quadrilátero Ferríferro.
Foram convidados para a reunião: as Comissões de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável e de de Minas e Energia da Assembleia; o prefeito e o presidente da Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas, Luciano Amaral Passos e vereador Carlos Alberto Fonseca, respectivamente; os deputados federais Nilmário Miranda (PT-MG) e Padre João (PT-MG); o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves; a promotora de justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural em Igarapé, Luciana Perpétua Corrêa; o frater da Comunidade Irmãos de Nossa Senhora, Henrique José Matos; e os presidentes da Associação dos Moradores de Ponta da Serra, Vilson Eduardo Esteves; do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba, Renata Maria de Araújo; e da ONG Abrace a Serra da Moeda, Beatriz Vignolo Silva.