Deputados receberam a Infraero para saber detalhes a respeito da evolução das obras de reforma e ampliação do Aeroporto de Confins
Mário Jorge, da Infraero:

Confins terá restaurante com preço mais acessível

Em audiência pública na ALMG, Infraero explicou melhorias que obras do aeroporto trarão para usuários.

09/04/2013 - 19:24

Um restaurante e uma lanchonete com preços controlados, ou seja, bem mais acessíveis do que os praticados atualmente. Essa é uma das características que marcarão o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, após a conclusão das obras de modernização e construção, previstas para daqui a um ano.

“Os preços não poderão ser maiores do que a média dos valores de 15 estabelecimentos de bairros não-nobres da Capital”, afirmou o superintendente regional da Infraero, Mário Jorge Fernandes de Oliveira, durante audiência pública realizada nesta terça (9/4/13) na Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Antes, na parte da manhã, os parlamentares visitaram o aeroporto, para acompanhar o andamento das obras.

De acordo com a Infraero, em 2011 foram 9,5 milhões de passageiros em Confins, número que passou para 10,4 milhões em 2012. A previsão da demanda é de 15,3 milhões de passageiros em 2014, subindo para 16 milhões em 2016. Para atender esse contingente, Mário Jorge afirmou que as obras no aeroporto envolvem três grandes eixos: reforma e ampliação do terminal de passageiros e central de utilidades; reforma e ampliação de pistas de pouso e do sistema de pátios; e reforma do terminal de aviação geral e implantação do terminal remoto.

Essas reformas envolvem a troca de todo o sistema hidro-sanitário, substituição e modernização de nove pontes de embarque, troca e instalação de dez escadas rolantes e seis esteiras de desembarque, bem como um novo centro comercial, nova praça de alimentação e uma sala de embarque aumentada. Hoje existem 62 balcões de check-in. A este número serão acrescentados mais 19 balcões, além de mais 12 totens (posições) de atendimento. “Atualmente há uma tendência mundial do atendimento via internet ou totens”, comentou Mário Jorge.

O superintendente também trouxe outros dados: a pista de hoje tem 3 mil metros, e ganhará mais 600 metros. Agora há apenas uma saída rápida; mais duas serão construídas (essas saídas aumentam a capacidade de fluidez no tráfego aéreo, pois permitem o pouso e a decolagem em menor tempo). O Pátio 2 ganhará 26 novas posições, e os pátios de aeronave passarão de 112.124m² para 304.524m².

Deputado questiona andamento das obras

No início da audiência, o deputado Fred Costa fez diversos questionamentos à Infraero. Ele lembrou que, quando a comissão visitou o aeroporto, em 4 de dezembro de 2012, apenas 7% das obras tinham sido realizados, segundo informação do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina). Mas, de acordo com a Infraero, o número correto era 15%. Hoje, 25% das obras já foram concluídas, ainda segundo a empresa. Na visita da comissão a Confins na manhã desta terça (9), o superintendente Mário Jorge confirmou que até o final do ano 75% das obras estarão prontos, e, até abril de 2013, tudo estará concluído.

A partir de uma reportagem publicada na imprensa de Belo Horizonte, Costa questionou a falta de rota de fugas, em caso de risco de incêndio. Em resposta, Maria Edwirges Madeira, superintendente do Aeroporto Internacional Trancredo Neves, afirmou que há 200 detectores de incêndio no aeroporto, o sistema de contra-incêndio funciona 24 horas por dia e os bombeiros que trabalham no local são funcionários da própria Infraero. “Faltava sinalização na sala de embarque, mas já resolvemos, colocando avisos nas portas de emergência”, acrescentou. Nesse mesmo sentido, o gerente de empreendimento da Infraero, Adair Moreira Júnior, disse que o projeto novo de reforma já foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

“Voltei otimista de nossa visita hoje a Confins”, ressaltou Mário Henrique Caixa (PCdoB). Ele enumerou algumas iniciativas previstas nas obras que confirmam a expectativa positiva: construção de edifício-garagem, aumento do número de posições de check-in, modernização das pontes de embarque e construção da praça de alimentação, passando para 14 restaurantes – contra apenas dois, atualmente.

Estacionamento distante também preocupa

O deputado Marques Abreu (PTB) manifestou preocupação com a locomoção de passageiros, que precisam andar grandes distâncias para ir de um ponto do estacionamento ao setor de embarque doméstico, por exemplo. Maria Edwirges explicou que, por enquanto, não há solução para o problema, mas que, com a conclusão da nova via de acesso ao aeroporto, buscará o mercado para tentar algum meio de transporte com preço acessível. “Mas tivemos o cuidado de colocar, próximo do terminal, o maior número de vagas possível para idosos e pessoas com deficiência", frisou.

Tadeu Martins Leite (PMDB) lembrou a visita feita ao aeroporto há quatro meses. “Vimos progresso, mas temos que continuar cobrando. Sabemos que para a Copa das Confederações não estará pronto. Contudo, são necessárias medidas específicas da Infraero para esse evento”. Já Ulysses Gomes (PT) reconheceu o trabalho da Infraero. “Muitas vezes chegamos atrasados ao aeroporto e, diante da correria, não percebemos o que está sendo feito”, observou.

Fred Costa encerrou os trabalhos sugerindo à Infraero um estudo para viabilizar o aumento do número de vagas no estacionamento (de acordo com a empresa, elas saltarão das atuais 1.300 para 2.684, ao término das obras). O parlamentar também recomendou uma nova audiência pública para daqui a quatro meses, com o objetivo de acompanhar a evolução das obras.

Terminal 2 - De acordo com o Adair Moreira Júnior, o projeto base do Terminal 2 está em vias de conclusão. “A partir de 2015, a princípio, já começarão as tratativas para iniciar essa obra", garantiu.

Requerimento - A comissão aprovou requerimento do deputado Duarte Bechir (PSD) para realização de audiência pública conjunta com a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia para debater o artigo 4º da Resolução 2.253/13, da Secretaria de Estado de Educação, o qual determina que os componentes curriculares de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental sejam ministrados pelo próprio regente da turma, exceto quando na escola já houver professor efetivo ou efetivado pela Lei Complementar 100, de 2007, para ministrá-los.

Consulte o resultado da reunião.