Segundo o representante do Dnit, já foram feitos sondagem e laudo estrutural e, até 15 de abril, o órgão publicará o edital de licitação para as obras de recuperação da ponte
Realizaram a visita os deputados Ivair Nogueira e Celinho do Sinttrocel

Dnit garante liberação de ponte entre Timóteo e Fabriciano

Ponte Velha deve ser reaberta para veículos leves na próxima semana, assegurou superintendente do órgão a deputados.

26/03/2013 - 20:08

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) garantiu a reabertura, a partir da próxima semana, da Ponte Velha entre Coronel Fabriciano e Timóteo (Vale do Aço). O superintendente regional do órgão, José Maria Cunha, também garantiu aos deputados da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que as obras efetivas de reparo da estrutura danificada terão início em 60 dias. Nesta terça-feira (26/3/13), o presidente e o vice-presidente da comissão, deputados Ivair Nogueira (PMDB) e Celinho do Sinttrocel (PCdoB), respectivamente, estiveram na ponte, que fica no trecho urbano da BR-381 e está interditada desde novembro de 2012.

Segundo José Maria Cunha, o Dnit já concluiu sondagem e laudo estrutural e, até 15 de abril, publicará o edital de licitação para as obras definitivas de recuperação da ponte. Pelo cronograma do órgão, os trabalhos devem ter início em aproximadamente 60 dias, “se tudo correr sem problemas”, como ele ressaltou.

Por ora, atendendo aos apelos dos empresários, da comunidade e também da ALMG, o Dnit optou por realizar obras emergenciais, a fim de liberar o tráfego de veículos leves. Tal liberação, porém, será por 60 dias, enquanto a obra definitiva não tem início. Os reparos feitos por enquanto são de fresagem (retirada de camadas de asfalto para reduzir o peso sobre a estrutura fragilizada). Para evitar caminhões pesados, ainda será feito um estreitamento nas duas entradas da ponte, para impedir a entrada de veículos grandes.

Comerciantes e moradores estão apreensivos

Os pequenos e microempresários de Coronel Fabriciano, cujos negócios margeiam a BR-381 no entorno da ponte, estão bastante preocupados. Eles temem que, com o início da obra, volte a ocorrer o impedimento da passagem de carros leves, agravando os problemas que eles já vêm enfrentando. Isso porque, com a interdição da ponte nesses últimos quatro meses, muitos deles estão encontrando dificuldades em manter o negócio e receiam ter de fechar as portas. Há o temor de que a obra, dada a sua complexidade, possa causar uma séria perda ao comércio, afetando importantes fontes de renda e emprego.

A visita atendeu a um requerimento do deputado Celinho do Sinttrocel. Segundo ele, a ponte tem cerca de 60 anos e nunca havia sido reformada. Por isso, tão logo tomou posse na Comissão de Transporte, ele solicitou uma vistoria do Dnit, que comprovou abalos na estrutura de alguns pilares, que teriam sido causados pelo excesso de peso, agravado pela falta de manutenção adequada. Para o vice-presidente da comissão, a situação é bastante preocupante. Afinal, com a interdição da ponte, o fluxo foi todo desviado para a chamada "Ponte Nova”. Mas essa estrutura alternativa desemboca no Centro de Coronel Fabriciano. Esse desvio, além de agravar o trânsito e o risco de acidentes, coloca em perigo a estrutura dos imóveis da cidade, segundo o deputado. Em Timóteo, os maiores prejuízos são relacionados à mobilidade urbana, devido à intensificação de congestionamentos.

Apesar do posicionamento do Dnit em relação ao início das obras na ponte, ainda permanece a preocupação em relação a providências futuras, quando as obras efetivas se iniciarem. A expectativa geral é de que o órgão apresente uma alternativa, a fim de evitar que, após esses 60 dias, a situação volte a ficar como esteve de novembro até agora. Nesse sentido, segundo o vice-prefeito de Coronel Fabriciano, Bruno Torres, já foram apresentadas algumas sugestões alternativas ao Departamento, mas ainda não há respostas. As propostas são de que, enquanto durarem as obras, o trânsito permaneça no trecho original da BR-381, por meio de uma ponte do Exército ou de um desvio pela Ponte Mauá (localizada paralelamente à Ponte Velha, mas sem estrada adequada de acesso, que precisaria ser aberta).