Comissão investiga denúncia de discriminação religiosa

Acusados de improbidade, ex-diretores da Fundação Cultural de Araxá se dizem alvo de perseguição por serem evangélicos

03/10/2011 - 18:08

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realiza, na próxima quinta-feira (6/10/11), audiência pública para averiguar denúncias contra o Conselho Diretor da Fundação Cultural de Araxá (FCA), mantenedora do Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá). A reunião, requerida pelo deputado Vanderlei Miranda (PMDB), será às 14 horas, no Plenarinho I.

Afastados do cargo pelo Ministério Público Estadual por suspeita de improbidade administrativa, cinco ex-diretores da FCA alegaram estar sofrendo discriminação religiosa, por praticarem a fé evangélica. Segundo relatos protocolados na ALMG, vários funcionários que seguem a mesma religião também teriam sido demitidos sumariamente, sem justificativa que comprovasse a falta de aptidão e eficiência no exercício das funções.

Os ex-conselheiros  contaram ainda que teriam passado por situações constrangedoras, já que, após serem destituídos de suas funções, não puderam  retornar às salas de trabalho para recolher seus pertences pessoais. O grupo se defendeu alegando que foi legitimamente nomeado pelo prefeito da cidade, conforme previa o estatuto da fundação. Eles questionaram também o fato de o Ministério Público ter agido somente agora diante de problemas que existiam há 38 anos e estarem punindo apenas os diretores da última gestão.

Convidados - Foram convidados para a audiência o coordenador do Centro de Apoio Operacional ao Terceiro Setor, procurador Tomáz de Aquino Resende; a curadora de Fundações em Araxá, promotora Mara Lúcia Silva Dourado; os ex-presidentes da Fundação Cultural de Araxá, José Gino Borges e Luiz Antônio Ribeiro Borges; o ex-diretor pedagógico da Fundação Cultural de Araxá, Ronaldo José Fonseca Ferreira; e o ex-coordenador de Práticas Agrícolas do Centro Universitário, Paulo Rogério Alves de Souza.