Assembleia vai ao interior e ouve população ribeirinha

A equipe formada para visitar as cidades que integram o Projeto Cidadania Ribeirinha, da Asssembleia Legislativa de M...

01/09/2011 - 00:04
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 
 

Assembleia vai ao interior e ouve população ribeirinha

A equipe formada para visitar as cidades que integram o Projeto Cidadania Ribeirinha, da Asssembleia Legislativa de Minas Gerais, encerrou nessa terça-feira (30/8/11) uma viagem de pesquisa, que durou 15 dias, por quatro municípios da Bacia do Rio São Francisco - Manga, Matias Cardoso, Itacarambi e Pedras de Maria da Cruz - e seus respectivos distritos.

Durante a viagem, servidores da Assembleia e técnicos de entidades parceiras do projeto observaram in loco a situação de lixões, aterros sanitários, margens de rios, estradas vicinais, lagoas, afluentes de rios e parques ecológicos, e também puderam traçar um panorama urbano desses municípios. A pesquisa incluiu, ainda, entrevistas com prefeitos, vereadores, funcionários públicos, pescadores, pequenos agricultores, professores, diretores de escolas e estudantes de ensino médio.

O Cidadania Ribeirinha é um dos projetos prioritários do Direcionamento Estratégico da Assembleia para o biênio 2011/2012. Sua meta é contribuir para a valorização da identidade sociocultural e para a melhoria das condições de vida das populações ribeirinhas do São Francisco. O próximo passo da equipe é consolidar num relatório de diagnóstico o que viram e ouviram nesses locais, apontando quais são as ações mais viáveis e que resultados podem ser esperados do projeto.

Receptividade - Um dos gestores do projeto, o servidor Leonardo Henrique de Noronha, afirma que o grupo foi muito bem recebido nos locais por onde passou, o que mostra que a Assembleia está no rumo certo, ao planejar o projeto de forma bem articulada com a população. "O ponto alto do Cidadania Ribeirinha é exatamente a capilaridade. Não somente fomos aos pequenos municípios, mas aos distritos mais afastados dessas cidades, e ouvimos as pessoas sobre o que elas precisam", diz ele.

Em cada município, foi realizada uma reunião de apresentação do projeto à população, encontro esse articulado anteriormente com a prefeitura local. Ali, os técnicos puderam explicar à comunidade os objetivos do Cidadania Ribeirinha e o motivo do diagnóstico, bem como ouvir demandas, problemas e questões trazidas pelos presentes. "Em alguns distritos, tínhamos que esperar horas para começar a reunião, porque o pessoal estava vindo da roça para participar. Isso foi maravilhoso", lembra Leo Noronha.

Ainda de acordo com o servidor, mesmo antes de concluído o relatório de diagnóstico, é possível afirmar que a capacitação para o cooperativismo e a organização associativista é um das necessidades dessas populações ribeirinhas, assim como a formação para a política e a cidadania. "Encontramos comunidades com participação política bem baixa. E mesmo onde há associativismo, a participação é baixa", afirmou.

Projeto é construído "de baixo para cima"

Também gestor do Cidadania Ribeirinha, Márcio Santos ressaltou a capacidade de articulação da ALMG, conseguindo mobilizar para o projeto especialistas e técnicos num trabalho não remunerado. "O grande capital do projeto é a atuação dessa equipe multidisciplinar e multi-institucional, que, depois de ouvir tecnicamente a população, produzirá relatórios com vários ângulos sobre a realidade encontrada: de meio ambiente a patrimônio cultural, de planejamento urbano a recursos hídricos, de política agropecuária a geoprocessamento ambiental, entre outros".

Ainda para o historiador Márcio Santos, um grande saldo que fica da viagem, muito destacado nas reuniões do interior, foi a construção do projeto "de baixo para cima", com forte participação popular na sua elaboração. Na avaliação do gestor, outro foco do projeto que deverá ser desenvolvido é a realização de atividades socioeducativas com estudantes de ensino médio, com o objetivo de fomentar a defesa dos valores naturais e culturais do Vale do São Francisco.

A viagem de diagnóstico ainda teve a participação do consultor André Naves, da Consultoria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia. Ele acompanhou o grupo nessa fase de levantamento de dados, para dar suporte às discussões que incluem questões agrícolas, de meio ambiente e do próprio desenvolvimento econômico das regiões. André também enfatizou as vantagens de se conhecer de perto a realidade local: "Depois de ouvir os diversos setores da comunidade, teremos condições de planejar melhor as nossas ações", concluiu.

Direcionamento - Os dados coletados na viagem de diagnóstico serão usados na estruturação do projeto, mantendo-se o foco na diretriz da atual Mesa da ALMG, de enfrentamento das desigualdades e promoção da cidadania, e nas ações de revitalização do São Francisco. Para contemplar essa diretriz, foram escolhidos, entre os 16 municípios mineiros que têm sedes banhadas pelo Rio São Francisco, os quatro com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

O lançamento do Projeto Cidadania Ribeirinha, já com as ações previstas para cada público, está previsto para 30 de novembro. Várias parcerias estão sendo firmadas para a realização do projeto. Dessa primeira viagem de diagnóstico, participaram técnicos do Iepha Iphan, IEF, Igam, IGC/UFMG, e Emater.

 

 

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