Parque Fernão Dias, em Contagem, pode ser municipalizado

A destinação que será dada ao Parque Fernão Dias, localizado na divisa dos municípios de Contagem e Betim (Região Met...

07/12/2010 - 00:01
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais
 

Parque Fernão Dias, em Contagem, pode ser municipalizado

A destinação que será dada ao Parque Fernão Dias, localizado na divisa dos municípios de Contagem e Betim (Região Metropolitana de Belo Horizonte), foi discutida nesta terça-feira (07/12/2010) em visita da Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ao local.

De acordo com o secretário-adjunto de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), Juliano Fisicaro Borges, que representou a secretária de Estado, Ana Lúcia Almeida Gazzola, a intenção da secretaria é municipalizar o parque, por meio da administração conjunta entre as prefeituras dos dois municípios nos quais se localiza o parque.

O deputado Carlin Moura (PCdoB), que solicitou a visita, afirmou que irá encaminhar à comissão quatro requerimentos, entre os quais um ofício às prefeituras de Contagem e Betim, comunicando que o prazo para a retomada das negociações de cessão da área já está aberto, bem como uma solicitação para que a Sedese tome as medidas necessárias para restabelecer e recuperar os espaços esportivos do parque.

As negociações para cessão do Fernão Dias às duas prefeituras teve início em 2007, durante uma audiência pública da Comissão de Participação Popular em Contagem. Por falta de acordo entre os municípios, que não se comprometeram a arcar com os encargos de manutenção básica do parque, a administração do Fernão Dias foi cedida, no fim de 2009 , à ONG Instituto de Valorização da Vida, que apresentou uma proposta de construção de um centro paraolímpico no parque.

Em meados de 2010, o convênio de cessão foi rompido e o Estado agora tenta retomar as negociações com as prefeituras. "O que a Sedese quer é que, por meio das parcerias, seja implantado no parque um projeto sustentável, de forma a aproveitar o potencial ecológico do local", comenta Juliano Fisicaro.

História - O Parque Fernão Dias foi inaugurado em 1980 e possui uma área de mil metros quadrados. O local possui 20 quadras poliesportivas, dois campos de futebol, playground, uma pista de bicicross, trilhas e uma área verde composta por eucaliptos (60%) e mata nativa (40%). Em 1979, a área do parque foi doada ao Estado de Minas Gerais pela Agropecuária Laluar S.A. e, entre o período de 2000 e 2005, foi cedida ao município de Contagem, ficando sob sua gestão.

De acordo com o gerente administrativo do parque, Gilson da Silva, atualmente o local encontra-se em situação de abandono, o que já resultou no roubo de materiais elétricos, hidráulicos, bem como de partes da cerca que delimita o parque. Segundo Gilson, na década de 80, quando o parque foi inaugurado, cerca de 50 funcionários eram responsáveis pela manutenção e segurança do local, enquanto hoje em dia, esse número se limita a oito pessoas.

Na opinião de Flávio Bassetti, representante dos times de futebol amador que jogam nos dois campos do Fernão Dias, a situação faz com que as práticas esportivas sejam abandonadas pelos jovens, que muitas vezes acabam seguindo o caminho da marginalidade. Um outro problema relatado por Flávio foi o desmatamento ocorrido no local, com o corte de diversas árvores de eucalipto, na época em que o parque estava sob a administração da ONG Instituto de Valorização da Vida. Segundo ele, a devastação ambiental deu início aos processos erosivos, o que danificou, entre outras áreas, o entorno dos campos de futebol.

Segundo o deputado Carlin Moura, além dos requerimentos acima citados, serão encaminhados também um pedido de informação à Sedese sobre as denúncias de desmatamento contra a ONG, bem como um ofício ao Colégio da Polícia Militar, de forma a constatar o interesse, por parte da corporação, em doar uma área dentro do parque para a instalação de uma unidade do Colégio Tiradentes.

Falta de rede de esgoto no Estaleiro II é denunciada por moradores

O conjunto das obras de instalação da rede de esgoto no bairro Estaleiro II, em Contagem, será concluída em até seis meses, segundo a Copasa. A afirmação foi feita durante a visita da Comissão de Participação Popular ao bairro, para discutir o problema do esgoto que, segundo relatos de moradores da região, corre a céu aberto.

O gerente da Divisão de Expansão da Metropolitana da Copasa, Aulus Azzi, afirmou ainda que as obras incluirão as instalações das tubulações de esgoto, bem como o seu bombeamento para as redes de tratamento.

Como resultado da visita, o deputado Carlin Moura afirmou que vai encaminhar três requerimentos à comissão, todos eles destinados à Copasa; o primeiro, pedindo informações sobre o andamento das obras no bairro; o segundo, solicitando que a companhia faça um acordo com a prefeitura de Contagem, para que esta autorize e viabilize o lançamento dos dejetos das fossas do bairro na Estação de Tratamento de Esgoto de Nova Contagem (ETE), até que as obras sejam concluídas; o último requerimento pedirá esclarecimentos sobre a cobrança, supostamente indevida, de uma taxa de esgoto, segundo denúncia de um morador do bairro Ipê Amarelo, na região.

De acordo com o vice-presidente da Associação Comunitária Viver Feliz do Estaleiro II, Agnaldo Alves Figueiredo, a maior parte das residências do bairro não possui rede de esgoto tratado e, como consequência, as ruas não são asfaltadas.

Segundo Agnaldo, o sistema utilizado é o de fossas, o que faz com que os dejetos sejam lançados em córregos, que por sua vez desembocam na Represa Várzea das Flores, área vizinha de preservação ambiental localizada entre os municípios de Betim e Contagem. O vice-presidente da associação afirmou ainda que a situação é intensificada, pois a área recebe também o esgoto da Penitenciária Nelson Hungria.

O padre Saldoval Luiz, da paróquia local de Santa Edwiges, cobrou das autoridades presentes datas para a resolução dos problemas, e reivindicou que não apenas o problema do esgoto na região seja solucionado. Para ele, seria necessária a construção de uma unidade de saúde no local, bem como de um estudo sobre os danos causados ao meio ambiente com o escoamento do esgoto pelas ruas.

O superintendente de Atendimento ao Preso da Secretaria de Estado de Defesa Social, Guilherme Augusto, afirmou que, antigamente, os dejetos oriundos da Penitenciária Nelson Hungria eram coletados através de um sistema de coleta primário, em fossas cépticas, o que não é mais feito hoje em dia. Ele disse ainda que, com o aumento da população carcerária, o volume de dejetos também cresceu, o que estimulou o início das obras de canalização do esgoto na Penitenciária, que tem previsão de ser concluída em 24 de janeiro de 2011.

Na opinião do deputado Carlin Moura, a visita foi positiva, uma vez que a Copasa reconheceu os problemas e sinalizou vontade de solucioná-los. "Pudemos conhecer a situação da comunidade local. Cabe agora à ALMG acompanhar as obras e ver se os prazos estabelecidos serão, de fato, cumpridos", comentou o deputado.

 

 

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