Sindicato apresenta queixas de servidores à Cidade
Administrativa
Elevadores inoperantes, fornecimento irregular de
água, obras inacabadas, dificuldades para lanchar e falhas na rede
de informática. A lista de problemas é da recém-inaugurada Cidade
Administrativa e foi relatada pelo Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público (Sindpúblicos-MG) à Comissão de Administração
Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na tarde desta
terça-feira (23/03/10), os parlamentares foram recebidos pelos
servidores para uma visita à nova sede do Governo do Estado.
O líder do Bloco PT/PMDB/PCdoB, deputado Padre João
(PT), entregou à secretária de Estado de Planejamento e Gestão,
Renata Vilhena, um ofício detalhando as queixas dos servidores e
cobrando a solução dos problemas. O parlamentar espera que as falhas
sejam transitórias e informou que vai continuar acompanhando a
situação.
A diretora metropolitana do Sindpúblicos, Miriam
Regina Cardoso de Oliveira, disse que não consegue trabalhar direito
desde que se mudou, e reclama também do sistema de transporte e do
refeitório. Segundo ela, o auxílio pago pelo Estado não dá nem para
dez dias. Muitos servidores estão optando por vans, cujo preço é de
R$ 230 por mês. "Construíram dois refeitórios por andar, com
capacidade só para 16 pessoas cada um. Nem quem traz marmitex
consegue almoçar, já que o restaurante também fica cheio", explicou.
Paciência - Para o
deputado Ivair Nogueira (PMDB), os contratempos podem ser
considerados normais, visto o tamanho dos prédios recentemente
inaugurados e a complexa logística de mudança. "A secretária
mostrou-se disposta a acatar as sugestões dos funcionários, que
devem ter só um pouco mais de paciência. Não há dúvida de que em
pouco tempo tudo estará funcionando normalmente", disse.
O presidente da Comissão de Administração Pública,
deputado Délio Malheiros (PV), constatou que, apesar dos problemas,
a maioria dos servidores está satisfeita com as novas instalações,
que segundo ele, são de primeiro mundo. "O sindicato está fazendo o
papel dele, que é cobrar melhorias. De fato, os problemas merecem
atenção, mas aqui os servidores são tratados com respeito e têm um
ambiente de trabalho digno", disse.
Deputados tentam solucionar conflito entre
servidores da Receita Estadual
Antes da visita à Cidade Administrativa, os
parlamentares se encontraram com a secretária de Planejamento e
Gestão, Renata Vilhena. Eles entregaram a ela cópias de notas
taquigráficas da audiência realizada pela comissão em novembro de
2009, quando ficou evidente o embate entre auditores fiscais e
gestores fazendários da Receita Estadual e a divisão entre os
servidores desse órgão ligado à Secretaria de Estado da Fazenda
(SEF).
Os gestores fazendários pedem que a categoria tenha
as mesmas atribuições de fiscalização e de lançamento do crédito
tributário que atualmente são privativas dos auditores fiscais, que
discordam da reivindicação.
Segundo o deputado Neider Moreira (PPS), os
gestores alegam ainda que a categoria está subaproveitada, e o
Estado só teria a ganhar em termos de arrecadação se as
prerrogativas forem ampliadas. "Ficou claro que o governo decidirá
de acordo com o interesse público", afirmou.
A secretária Renata Vilhena informou que está
ciente da divergência e se dispôs a analisar a situação. O deputado
Domingos Sávio (PSDB) lembrou que o problema deve ser analisado com
cautela, para evitar que sejam tomadas decisões que futuramente
sejam questionadas judicialmente. "São duas categorias
imprescindíveis para o Estado, por isso não pode continuar havendo
esse tipo de divergência", disse.
Presenças - Deputados
Délio Malheiros (PV), presidente; Ivair Nogueira, vice; Domingos
Sávio (PSDB), Neider Moreira (PPS) e Padre João (PT).
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