ALMG inaugura Espaço Democrático José Aparecido de
Oliveira
"Um homem feito de matéria especial. Importante
para seus amigos, para Minas Gerais, o Brasil e o mundo." Assim foi
descrito o homem público José Aparecido de Oliveira pelo deputado
Carlos Mosconi (PSDB), durante a inauguração, nesta quarta-feira
(10/12/08), do Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira, novo
nome do hall principal da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O
presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), vários
deputados, políticos e autoridades participaram do evento, que foi
seguido de um concerto, a Cantata de Natal, com a participação de 16
corais públicos, e da inauguração da iluminação de Natal da ALMG.
José Aparecido de Oliveira, falecido em 2007, tem
um currículo extenso na vida pública. Entre os cargos que ocupou,
foi ministro da Cultura e embaixador. O Espaço Democrático será
identificado por uma placa com a imagem do ex-ministro, produzida
pelo artista plástico itabirense Luiz Eugênio Quintão Guerra, o
Genin, que ficará na Tribuna Popular. Na parede lateral do hall,
próximo ao Salão Nobre, uma linha do tempo mostra, por meio de fotos
e textos, os principais fatos da vida do político.
O presidente Alberto Pinto Coelho e o deputado
Carlos Mosconi, que solicitou a denominação do espaço, falaram em
homenagem ao ex-ministro. "Homem de incomparável talento para a
política e para o bem comum. Para nós, permanecerão eternas sua
honradez e afável humanidade. A inauguração deste espaço significa
cultuar os valores de José Aparecido. Que ele passe a ser
eternamente lembrado por todos que circulam no Parlamento Mineiro",
destacou o presidente. "O espaço que leva seu nome deve simbolizar o
que ele era: o artista da política, o artífice do bom gosto e o
portador da solidariedade", falou Mosconi.
Os filhos, Maria Cecília e José Fernando,
participaram da cerimônia. José Fernando é hoje deputado federal de
Minas Gerais pelo PV. Depois de citar nominalmente a maioria das
autoridades presentes, ele contou um pouco da vida de seu pai, que
chamou de "máquina de fazer amigos". "Ele sempre soube identificar
líderes verdadeiros", afirmou, citando os nomes de Alberto Pinto
Coelho e Agostinho Patrús como responsáveis pela modernização e
aprimoramento do Legislativo Mineiro.
Além de familiares de José Aparecido, também
estiveram presentes o novo procurador-geral de Justiça, Alceu José
Torres Marques; o ex-procurador-geral, Jarbas Soares Júnior; o
secretário de Estado da Saúde, Marcus Pestana; os jornalistas Guy de
Almeida e Mauro Werkema; o prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo; o
prefeito de Conceição do Mato Dentro, Sebastião Soares dos
Santos; os escritores José Bento Teixeira de Salles e Benito
Barreto, entre outros.
Concerto de Natal reuniu público para ouvir 300
vozes
Transmitido ao vivo pela TV Assembléia, o encontro
de 16 corais de instituições públicas do Estado marcou a inauguração
da iluminação de Natal do Palácio da Inconfidência e a comemoração
do aniversário de 111 anos de Belo Horizonte. Em sua segunda edição,
o evento trouxe diversas cantigas tradicionais, entre elas, Anjos
Santos a Cantar, Bate o sino, Noite feliz,
Linda Noite e Boas festas. Apresentou-se também o
cravista Antônio Carlos de Magalhães, a solista Aline Lobão e o
conjunto de câmara da Polícia Militar.
Além do Coral da Assembléia, participam os corais
das seguintes instituições: Copasa, AABB, Tribunal de Contas (Contas
e Cantos), Usiminas, Crea-MG, Secretaria de Estado de Educação
(Educanto), Secretaria de Estado de Saúde (Vozes da Saúde),
Hemominas, Fórum Lafayette, Imprensa Oficial, Ipsemg, Ministério
Público, Prodemge (TI em Canto), INSS (Vozes das Gerais) e dos
Correios (Vozes de Minas).
Conheça um pouco sobre a história de José Aparecido
de Oliveira
O político, que faria 80 anos em 17 de fevereiro de
2009, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, antigo distrito de
Conceição do Mato Dentro. Seus pais foram Modesto Justino de
Oliveira e Araci Pedrelina de Lima Oliveira. Jornalista, ocupou
diversas funções de destaque na vida pública e notabilizou-se pela
habilidade no trato político. Começou sua carreira na UDN e mais
tarde filiou-se ao MDB.
Secretário particular do presidente Jânio Quadros,
foi Aparecido quem redigiu o relato oficial notificando sua
renúncia. Organizou uma grande biblioteca com os arquivos pessoais
do ex-presidente. Eleito deputado federal com expressiva votação em
Minas Gerais em 1962, teve o mandato cassado pela ditadura militar.
José Aparecido também foi secretário estadual de Agricultura,
Governo, Interior e Justiça, no governo Magalhães Pinto. Em 1983,
voltou a se eleger para a Câmara de Deputados, de onde se afastou
para implantar e assumir a Secretaria de Estado da Cultura do
governo Tancredo Neves. Depois de eleito presidente da República,
Tancredo deu a Aparecido uma missão: criar um ministério voltado
para o setor cultural, separadamente da pasta da Educação.
Mesmo depois da morte de Tancredo, em abril de
1985, Aparecido assumiu o Ministério da Cultura, por apenas um mês,
até ser deslocado pelo presidente José Sarney para o governo do
Distrito Federal. Em 1988, três anos depois de chegar ao Palácio do
Buriti, Aparecido retornou ao Ministério da Cultura. No governo do
então presidente Itamar Franco, foi embaixador do Brasil em
Portugal, sendo um dos fundadores da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa.
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