Leite com adição de soda e água oxigenada motiva reunião na 3ª (18)

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove audiência pública nesta terça-feira (18/12/07) ...

14/12/2007 - 00:00
 

Leite com adição de soda e água oxigenada motiva reunião na 3ª (18)

A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove audiência pública nesta terça-feira (18/12/07) para debater as conseqüências para a saúde humana da ingestão do leite com adição de soda cáustica e água oxigenada. A reunião foi solicitada pelo presidente da comissão, deputado Carlos Mosconi (PSDB), e será realizada no Plenarinho I, a partir das 14 horas. O parlamentar está preocupado com a presença dessas substâncias tóxicas no leite longa vida das marcas Parmalat, Calu e Centenário, depois que veio à tona a fraude praticada por cooperativas de Passos e Uberaba.

"Não queremos condenar ninguém. Queremos saber qual o verdadeiro risco da ingestão dessas substâncias para a saúde humana", comenta o deputado. Mosconi, que é médico, adianta que a soda cáustica é altamente tóxica, podendo até matar se ingerida em grande quantidade. Assim como a água oxigenada, ela pode causar intoxicação alimentar e provocar lesões nas mucosas do esôfago e do estômago. "Hoje em dia é comum ver pessoas com algum tipo de intolerância ao leite. Queremos saber se pode haver alguma relação com a adição dessas substâncias", completa Mosconi.

Em outubro a Polícia Federal prendeu 27 pessoas na Operação Ouro Branco, após a comprovação da fraude no leite praticada pelas cooperativas Casmil e Copervale. A soda cáustica e a água oxigenada eram adicionadas para aumentar o volume e prolongar o prazo de validade do produto. Segundo a Polícia Federal apurou, em um litro de leite até 10% do volume eram compostos por essas substâncias tóxicas. Se ingeridas em grande quantidade, elas podem ser prejudiciais à saúde, mas em pequena proporção não trazem risco para o consumidor, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, funcionários da Copervale, em depoimento à PF, contaram que não bebiam o leite da cooperativa.

Foram convidados para a reunião a gerente de Vigilância Sanitária de Alimentos da Secretaria de Estado de Saúde, Cláudia Parma Machado; a representante do Conselho Regional de Nutricionistas, Flávia Helena Paiva; o diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Altino Rodrigues Neto; e o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios de Minas Gerais, Celso Moreira.

 

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