Plenário vota dois projetos; oposição mantém obstrução ao 1.078

Em reunião extraordinária na manhã desta quarta-feira (29/10/2003), o Plenário da Assembléia Legislativa aprovou dois...

29/10/2003 - 00:00
 

Plenário vota dois projetos; oposição mantém obstrução ao 1.078

Em reunião extraordinária na manhã desta quarta-feira (29/10/2003), o Plenário da Assembléia Legislativa aprovou dois Projetos de Lei (PL), em segundo turno. O que obriga os hospitais públicos a informarem sobre os procedimentos para transplante de órgãos, do deputado Ricardo Duarte (PT); e o que doa imóvel ao município de Frutal. Prosseguiu a discussão sobre o PL 1.078, do governador, que cria, entre outras, a Taxa de Serviço Potencial de Extinção de Incêndio. Mais uma vez, a Oposição ocupou a Tribuna para obstruir a apreciação do projeto. A discussão prossegue nas reuniões da tarde e na extraordinária da noite.

Cartazes informativos - PL 174/2003, sobre as informações de transplantes de órgãos, foi aprovado em 2º turno, na forma do vencido em 1º turno, que incorporou o substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça. As mudanças alteram a Lei 11.553, de 1994, que dispõe sobre a ação do Estado visando favorecer a realização de transplantes. Dessa forma, foi dada nova redação aos parágrafos 1º e 2º do artigo 2º da lei, além de acrescentar o parágrafo 3º. Determina que "os hospitais, as casas de saúde, as clínicas e similares, particulares e públicos, ficam obrigados a informar e a orientar os pacientes e seus familiares sobre a legislação existente e os procedimentos necessários para a doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, em vida ou post mortem, para fins de transplante ou de tratamento".

As informações e orientações serão impressas em cartazes a serem afixados em local de fácil acesso e destinados à leitura do público em geral. Quem descumprir a regra estará sujeito às seguintes penalidades: advertência; multa de até 100 mil Ufemgs. O vencido revoga os incisos VIII e IX do artigo 2º da Lei 11.553 (redação dada pela Lei 12.075, de 1996). Isso porque esses dispositivos tratam de procedimento relativo à doação de órgãos de maneira oposta à expressa na Lei Federal 10.211, de 2001. Essa norma determinou que não é mais obrigatório gravar, na carteira de identidade, a expressão "não-doador de órgãos e tecidos", dependendo a doação da autorização do cônjuge ou parente.

Obstrução ao projeto das taxas continua

A Oposição, composta pelo PT/PC do B prosseguiu na obstrução ao PL 1.078, que cria taxas, entre elas a de incêndio, adiando mais uma vez a sua votação. Ocuparam a Tribuna a deputada Jô Moares (PC do B), aparteada sucessivamente pela deputada Maria Tereza Lara (PT) e pelo deputado Rogério Correia, líder do bloco. A crítica foi sobre a "pressa" do governador em aprovar uma minirreforma, quando o assunto está sendo discutido, de forma mais ampla, no Congresso Nacional. Para Jô Moares, o projeto do governador Aécio Neves, mais do que uma mudança nos tributos, significa uma concepção de administração, "que já provou nos últimos 10 anos", que está errada, pois não resolve o problema do déficit público e nem equilibra as finanças dos Estados ".

O deputado Adelmo Carneiro Leão (PT) também discursou sobre as taxas propostas pelo governador, destacando que o problema do déficit mineiro é conseqüência da renúncia fiscal concedida a grandes empresas, como Fiat e Mercedes e da sonegação. Ele foi aparteado pelo deputado Miguel Martini (PSD), que enfatizou o papel de poder fiscalizador que deve ser retomado pela Assembléia, "como forma de ajudar a administração do governador".

 

 

 

 

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