Veto parcial à LDO e a projeto sobre Ipsemg são votados pelo Plenário

O Plenário votou na reunião extraordinária da noite desta terça-feira (16/9/2003), dois vetos do governador Aécio Nev...

16/09/2003 - 21:44
 

Veto parcial à LDO e a projeto sobre Ipsemg são votados pelo Plenário

O Plenário votou na reunião extraordinária da noite desta terça-feira (16/9/2003), dois vetos do governador Aécio Neves que estavam na faixa constitucional.. O veto parcial à Proposição de Lei nº 15.579, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária para 2004, recebeu requerimento dos deputados Rogério Correia (PT) e Gil Pereira (PP) para que a alínea "c" do inciso XII do artigo 9º e o artigo 47, respectivamente, fossem votados separadamente. O veto ao primeiro dispositivo, que determina a avaliação do impacto financeiro para o Estado resultante de políticas de renúncia fiscal nos últimos três anos, no próximo exercício e nos quatro anos seguintes, foi mantido com 27 votos favoráveis e 29 contrários. O número mínimo para que um veto seja rejeitado é 39 votos contrários.

O veto ao artigo 47 foi rejeitado com 46 votos contrários, nove pela manutenção e três em branco. Esse artigo estabelece que as despesas com publicação de atos oficiais serão pagas pela Secretaria de Estado da Fazenda. O veto ao parágrafo único do artigo 12, o inciso I e parágrafo 3º do artigo 23 também foi mantido com 30 votos sim, e 25 não. O parágrafo único do artigo 12 determina que as Parcerias Público-Privadas (PPPs) sejam identificadas, no orçamento, em subprojeto específico. Já o inciso I e o parágrafo 3º do artigo 23 tratam das modificações no identificador de procedência e uso. Esse mecanismo serve para identificar se o órgão ou Poder recebeu verba do Tesouro ou de outro órgão do Estado. As alterações introduzidas na LDO para 2004 têm o objetivo de permitir que os órgãos e Poderes possam fazer alterações em seus identificadores de procedência por regulamento próprio, para depois informar o Executivo. O objetivo é dar maior autonomia aos demais Poderes, preservando o gerenciamento centralizado dos recursos, feito pelo Executivo.

Os deputados Sebastião Helvécio (PDT) e Chico Simões (PT) encaminharam a votação contrária ao veto. Segundo o deputado do PDT, os parlamentares precisam conhecer a política de renúncia fiscal, que atinge 25% do orçamento. "Nós queremos que a Assembléia possa avaliar permanentemente essa política", explicou o deputado Sebastião Helvécio. Para Chico Simões, os deputados não podem abrir mão do direito e compromisso do Poder Legislativo, que é fiscalizar e acompanhar as ações do Executivo.

Ipsemg - O veto parcial à Proposição de Lei nº 15.582 foi mantido com 44 votos favoráveis, 15 contrários e um em branco. A proposição dispõe sobre as despesas do Ipsemg com os prestadores de serviços de assistência à saúde, visando regularizar o pagamento de despesas de exercícios anteriores do instituto, realizadas sem cobertura orçamentária, no valor de R$ 36,5 milhões. Foi mantido o veto ao parágrafo único do artigo 3º, que determina que o pagamento deverá ser efetuado em observância da ordem cronológica do documento comprobatório da prestação de serviços ou do fornecimento dos bens.

A ordem de votação das proposições vetadas foi alterada a requerimento do deputado Carlos Pimenta (PDT).

 

 

 

 

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