Governo do Estado utiliza e defende critério
mais amplo para identificar pobreza extrema

Painel "O combate à pobreza extrema no Brasil e em Minas Gerais: o tamanho do desafio e as estratégias em curso"

O assessor-chefe de Articulação, Parceria e Participação Social do Governo do Estado, Marcelo Garcia, destacou que a parceria entre o governo de Minas e o governo federal já vem acontecendo. Ele ressaltou que o Estado já utiliza a busca ativa, por meio do programa Porta a Porta.

Marcelo Garcia fez ressalvas ao critério adotado pelo governo federal para classificar os extremamente pobres. "Uma pessoa que ganha R$ 74 e não tem banheiro em casa não é miserável?", questionou. O assessor do governo estadual informou que Minas associa o critério da renda per capita com outros indicativos de pobreza, baseado nas privações vividas pelos cidadãos. Ele também ponderou a carência de serviços em cidades menores, o que dificulta o encaminhamento adequado das pessoas mais carentes.

O representante do governo estadual também defendeu a discussão das condições dos trabalhadores da área social no Brasil como condição essencial para a superação da pobreza; além de pedir a agilização do cadastro único. "O desafio é garantir a inclusão social sustentável. É preciso construir alianças e descobrir o papel de cada um nessa construção", concluiu, dizendo que só acredita na superação da miséria com o esforço concentrado de todos.