29/ago 09:14
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Por Marcus Alessandro de Alcantara |
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM |
Diamantina/MG
O Desenvolvimento social perpassa pelo olhar direcionado ao setor saúde, o qual, vem sofrendo a décadas com investimentos limitados, sobretudo na Atenção Primária à Saúde. Este setor, cuja atuação foca na prevenção e promoção à saúde, é central para garantir qualidade de vida às populações. Para fortalecer a Atenção Primária à Saúde, a primeira coisa a se fazer é:
1) reforçar o papel das Unidades Básicas de Saúde (UBS) por meio da contratação emergencial de profissionais e da ampliação de horários de atendimento.
2) expandir o uso da telemedicina para consultas e acompanhamento de doenças crônicas, reduzindo a necessidade de deslocamento de pacientes.
3) criar uma central de distribuição regional de medicamentos e insumos, garantindo maior eficiência e controle de estoque.
4) construir e reformar unidades de saúde, especialmente em áreas rurais e vulneráveis, com foco na sustentabilidade (energia solar, captação de água de chuva).
5) elaborar programas de capacitação contínua com foco em atenção primária, além de oferecer incentivos para fixação de profissionais (como bônus salarial e plano de carreira).
6) fortalecer a integração entre atenção primária, secundária e terciária por meio da reorganização das redes de atenção à saúde.
7) criar um polo de desenvolvimento econômico-industrial da saúde regional, focado na produção de insumos e tecnologias médicas.
8) implementar projetos de infraestrutura para universalizar o acesso a saneamento básico e água potável, reduzindo a incidência de doenças infecciosas.
9) incluir (ou reforçar) a educação em saúde no currículo escolar, com foco em prevenção de doenças e promoção de hábitos saudáveis desde a infância.
10) estabelecer (ou fortalecer) redes de cooperação entre municípios e estados vizinhos para compartilhamento de recursos, especialistas e equipamentos.
11) garantir o profissional da fisioterapia na equipe mínima da saúde (Lei. 14.231/2021) devido a sua competência em lidar com doenças crônicas e prevenção de incapacidade funcional.
12) POR ÚLTIMO E MAIS IMPORTANTE, É IMPLEMENTAR UMA POLÍTICA DE SAÚDE VOLTADA PARA A PREVENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE, AO INVÉS DE CENTRALIZAR RECURSOS E ESFORÇOS NA DOENÇA. O SUS, ATUALMENTE, DEFINE METAS E AÇÕES BASEADOS EM INDICADORES DE MORBIDADE E MORTALIDADE, NA MAIORIA DAS VEZES. ENTRETANTO, SOMENTE O CONTROLE DE DOENÇAS CRÔNICAS É LIMITADO. É PREVISO DEFINIR INDICADORES BASEADOS NA SAÚDE FUNCIONAL PARA ACOMPANHAR A QUALIDADE DE INTERVENÇÕES EM SAÚDE, TAIS COMO O MONITORAMENTO DE PERDAS FUNCIONAIS AO LONGO DO TEMPO E ANOS DE VIDA SEM INCAPACIDADE (Disability-Free Life Expectancy).
Todas as propostas visam prolongar a vida saudável e reduzir a necessidade de cuidados intensivos, mais caros e mais complexos.
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