Belo Horizonte/MG14/06/2023 às 08:48
Projeto cruel, desumano! Os aposentados da MinasCaixa contribuíram para terem direito a esta complementação. O valor proporcional era descontado dos salários deles. A MinasCaixa contribuía com 2/3 e os funcionários com 1/3. Não ocorreu nenhuma prestação de Contas da Fundação Libertas sobre o saldo remanescente de cada aposentado/pensionista. A SEPLAG também não prestou contas. Fácil dizer que o dinheiro exauriu. Mas sejam transparentes. Apresentem cálculo atuarial. Apresentem uma prestação de Contas. Os aposentados contribuíram com valores distintos, proporcionais aos seus respectivos salários, as datas de aposentadoria são diversas, foram todos colocados numa mesma vala. Teria que apresentar prestação de contas individualizada, para se saber qual o saldo remanescente de cada um. O dinheiro não acabou agora, se acabou, foi em 2014 quando o dinheiro do Plano foi depositado no caixa único do Estado. O dinheiro foi aplicado? Foi gasto apenas com aposentados/pensionistas? O aposentado/pensionista não pode ser penalizado por uma má gestão do dinheiro. Como assim findar um direito previdenciário e propor um benefício assistencial, sem correções, sem 13º, sem a possibilidade de ser repassado ao conjugue em situação de morte. Um Projeto de Lei excessivamente condicionado ao aposentado pensionista abrir mão dos seus direitos em favor do Estado. Direitos estes que os aposentados não sabem quais são, pois nunca foi prestado contas. Como abrir mão de direito que você desconhece qual seja? Vergonhosa a proposta! Existem aposentados pensionistas acamados, sem recursos para uma sobrevida com dignidade. Outros que estão institucionalizados. Aposentados /pensionistas que estão sem dinheiro para remédios, fraldas geriátricas, cuidadores, fisioterapeutas. Senhor Governador, senhores deputados/deputadas, poderia ser com os seus pais, seus avós, clamamos por humanidade! O que foi feito do patrimônio da MinasCaixa? Centenas de agências da MinasCaixa, o que foi feito? Deixaram estes aposentados/pensionistas numa situação de profunda vulnerabilidade para que após três meses sem receber seus proventos, estejam desesperados a ponto de assinarem um Projeto de Lei tão desumano? Tudo isto de olho nos precatórios destes aposentados/pensionistas? É um público tão pequeno, a despesa com este público não faz nem cócega no orçamento do Estado. Gasta-se milhões com a Minas Arena e não pode gastar o equivalente talvez a 1/3 com pessoas. Pessoas que trabalharam, pagaram para ter esta complementação na fase da vida que mais precisam de amparo. Um público já tão longevo, é justo a esta altura da vida mendigarem direitos? Clamamos pelo bom senso! Clamamos pela aprovação de emendas que reparem este crime aos aposentados/pensionistas.