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O assédio sexual pode ser conceituado como qualquer interação, sensual ou de conteúdo sexual, sem consentimento e, apesar de algumas vezes vir em forma de elogios, é uma tentativa do assediador demonstrar poder e intimidar a mulher, ocorrendo em qualquer local, inclusive em locais públicos. De maneira geral, as vítimas se sentem constrangidas e impotentes diante de episódios de assédio nesse sentido, já que, muitas vezes são colocadas como culpadas por serem assediadas, seja por causa da roupa, do local, da companhia, entre outros. Pensando nisso, são propostas algumas formas que objetivam combater o assédio sexual em locais públicos, como é o exemplo da criação do vagão rosa, destinado apenas para mulheres que utilizam metrôs e trens, e da campanha Chega de Fiu fiu.

1. Introdução ao tema:

Informe os jovens que nesta atividade trabalharão o assédio sexual em espaços públicos. Para iniciar o estudo, discutirão um assunto que tem causado polêmica: a criação do vagão rosa para metrô e trens. Contextualize:

A implantação do vagão rosa, destinado para mulheres usuárias de trens e metrôs, tem sido uma estratégia adotada por muitos governos para combater o assédio nestes espaços. O objetivo desta ação é que as mulheres não sejam assediadas nos trens. No Brasil, adotaram essa medida o Estado do Rio de Janeiro em 2006, o Distrito Federal em 2013 e os municípios de Belo Horizonte e Recife, em 2016 e 2017, respectivamente. No âmbito internacional, a medida já foi adotada também em países como Japão, Egito, Índia, Irã, Indonésia, Filipinas, México, Malásia, China e em Dubai.

Na prática, a medida enfrenta alguns obstáculos tais como falta de fiscalização, de regulamentação e punição a quem descumpri-la. No caso de Belo Horizonte, a criação do vagão rosa ainda não saiu do papel (Lei 10.989/2016).

A proposta divide opiniões. Há mulheres que aprovam a mudança, sob o argumento de se sentirem mais seguras. Por outro lado, há mulheres reprovam a segregação da mulher no espaço público, argumentando que a medida poderá encorajar as investidas nos vagões comuns e que é preciso acabar com o assédio pela educação e boa convivência entre gêneros. E você, o que acha? A implantação de ações como o vagão rosa deve ser estimulada e feita pelo poder público?

2. Discussão temática:

Discussão em grupos – 1ª fase: Após a contextualização, oriente os jovens a formarem grupos contrários e favoráveis ao tema em questão, de acordo com o posicionamento de cada um. Cada grupo debate o tema durante 15 minutos, encontrando argumentos para defender seu ponto de vista.

Discussão em grupos – 2ª fase: Agora, cada grupo terá 15 minutos para encontrar argumentos para defender o ponto de vista contrário ao seu, ou seja, os grupos que são contrários a criação do vagão rosa deverão encontrar argumentos favoráveis ao tema e os grupos favoráveis deverão encontrar argumentos contrários.

Convide os jovens para formarem uma roda e compartilharem suas análises e discussões.

3. Exposição da campanha Chega de Fiu-Fiu:

Apresente para análise e discussão do grupo as imagens da campanha Chega de Fiu Fiu (material de apoio). Trata-se de uma campanha contra o assédio sexual em espaços públicos lançada pela ONG feminista Think Olga em julho de 2013. Ao final da exposição apresente para os jovens a seguinte questão: Considerando as discussões feitas, o que fazer para que as mulheres sintam-se respeitadas e protegidas nos espaços públicos?

Fechamento:

Exposição da campanha Chega de Fiu-Fiu:

Apresente para análise e discussão do grupo as imagens da campanha Chega de Fiu Fiu (material de apoio). Trata-se de uma campanha contra o assédio sexual em espaços públicos lançada pela ONG feminista Think Olga em julho de 2013. Ao final da exposição apresente para os jovens a seguinte questão: Considerando as discussões feitas, o que fazer para que as mulheres sintam-se respeitadas e protegidas nos espaços públicos?

Material de apoio:

Imagens da Campanha Chega de Fiu Fiu: http://chegadefiufiu.com.br/

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COUTO, Cecília. FERRAZ, Késsia. DIAS, Clóvis. ANDRADE, Nilton. O que as experiências com o vagão rosa nos ensinaram até agora. Revista dos Transportes Públicos. 2019. Disponível em: <http://files.antp.org.br/2019/4/10/rtp151-3.pdf>. Acesso em: 12 mar. 2020.

GAIA, Giulia. SANTOS, Natielly. Os entraves e as soluções para a mobilidade feminina nas cidades. Jornal Nexo. 2020. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2020/01/10/Os-entraves-e-as-solu%C3%A7%C3%B5es-para-a-mobilidade-feminina-nas-cidades >. Acesso em: 12 mar. 2020.

RICCI, Larissa. Sem regulamentação, vagão só para mulheres em metrô de BH fica só no papel. Estado de Minas. 2017. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/09/11/interna_gerais,899343/vagao-so-para-mulheres-no-metro-de-belo-horizotne-fica-so-no-papel.shtml>. Acesso em: 12 mar. 2020.