Belo Horizonte/MG06/06/2017 às 17:38
Uma lei que regulamente as atividades é muito importante. Porém a forma como está proposta é muito ruim, especialmente para os voluntários. Falamos de instituições e pessoas físicas que não são regularmente apoiadas pelo Governo. Os uniformes, por exemplo, se não forem aprovados pelos bombeiros militares, terão os voluntários que desembolsar novos recursos para adequação?? Ainda, o projeto não incentiva a atividade voluntária em nada.
Da forma como está sendo proposto, permite que se instale um sistema de beneficiamento a bombeiros da reserva, sem levar em consideração as diversas entidades, pessoas e instituições que trabalham com os assuntos envolvidos.
Os incêndios florestais, por exemplo, exercido em países como Chile, EUA, Espanha, Portugal e África do Sul por brigadistas com apoio dos bombeiros, são combatidos por diversas instituições reconhecidas que atuam em Minas, inclusive ONGs, e não vejo por que a competência de comando deva ficar exclusiva e em qualquer hipótese com CBMMG, nem vejo por que deve a corporação ser credenciadora delas. Exclusividade em assuntos de emergência não atende a ninguém, que não uma única instituição. O SCO - Sistema de Comando de Operações, por exemplo, prega exatamente o contrário e é um sistema adotado em quase todos os países com eficiência nos serviços emergenciais. Penso também nas populações e comunidades de cidades menores, sem atendimento regular do CBMMG e cobertas apenas por voluntários ou civis, como Carangola, Tiradentes e Itabirito. Ainda, serviços voluntários de resgate em rodovias, por exemplo. Se neles há algo que os desabone, certamente deve ser corrigido, não dificultado. Em nada há incentivo a formação de bombeiros voluntários, deixando ainda mais exposta a já desassistida comunidade mineira. Independente de ser militar ou civil (como aliás, é na maior parte do mundo), entendo que o essencial à população é o serviço de socorro e este precisa de regulamentação, não das restrições severas que estão sendo propostas.