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Confira a seguir o que dizem algumas referências nessa área. Você encontrará textos produzidos por eles a partir da solicitação da Assembleia e/ou entrevistas dadas por essas personalidades à TV Assembleia, além de matérias da Rádio Assembleia com base nessas entrevistas.
Andréa Abritta Garzon Tonet
Defensora Pública-Geral de Minas Gerais
Eduardo Costa
Radialista
Jésus Trindade Barreto Júnior
Chefe Adjunto da Polícia Civil
Andréa Abritta Garzon Tonet
Defensora Pública-Geral de Minas Gerais
TEXTO
Título: A Defensoria Pública na agenda da Assembleia para a promoção do desenvolvmiento do Estado
A Constituição Mineira estabelece como diretriz da ação estatal o direito de todos à cidadania plena, ao desenvolvimento e à vida, numa sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito, fundada na justiça social.
O Estado deve se organizar para que a ação administrativa contribua para a redução das desigualdades sociais e regionais, mediante execução articulada de planos, programas e projetos dirigidos ao desenvolvimento global das coletividades.
O Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, legítima representante do povo mineiro. A ela incumbe promover as iniciativas e votar as matérias tendentes à consecução dos objetivos do Estado.
Nesse contexto se insere a Defensoria Pública, instituição essencial à função jurisdicional do Estado, a quem incumbe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita aos necessitados.
O acesso à justiça, assim considerado o acesso à uma ordem jurídica justa, é um direito humano e, como tal, deve ser garantido pelo Estado e prestado pela Defensoria Pública em favor dos necessitados, visando à primazia da dignidade da pessoa humana e à redução das desigualdades sociais; à afirmação do Estado Democrático de Direito; à prevalência e efetividade dos direitos humanos; e à garantia dos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.
A efetiva estruturação da Defensoria Pública requer uma reflexão sobre o seu papel para o atendimento das necessidades e expectativas sociais, atentando-se para as profundas mudanças operadas no movimento universal de acesso à Justiça.
A sociedade clama por uma interface entre o Estado e a afirmação dos direitos humanos. Para se desincumbir desse papel, a Defensoria Pública necessita de estrutura que a deixe apta para exercê-lo com universalidade e qualidade, de forma a que as demandas sociais sejam acolhidas e encaminhadas adequadamente por defensores públicos e servidores qualificados, valorizados e motivados, contribuindo para o alcance de metas estaduais traçadas em planos de governo e na consecução de políticas públicas.
A Constituição Mineira obriga a instalação da Defensoria Pública em todas as comarcas, o que significa dizer que a instituição deve estar onde o povo está, o que exigirá o preenchimento paulatino de centenas de cargos de Defensores Públicos, com a realização periódica de concursos que garantam o recrutamento de operadores vocacionados, humanistas, sensíveis aos problemas sociais e preparados para a sua função, dotados de qualificação jurídica e preparados para cumprir o papel de agentes de transformação social, promovendo a defesa judicial dos necessitados, mas também atuando junto às comunidades, colaborando com a difusão do conhecimento sobre direitos e cidadania, prestando orientação jurídica para a organização comunitária e promovendo mecanismos alternativos de solução e administração de conflitos, assim contribuindo para desafogar o Poder Judiciário e para a pacificação social.
A superação desse desafio atende à meta constitucional de desenvolvimento econômico e social, contribuindo para a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades sociais e regionais e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
A Assembleia Legislativa, ao dispor sobre suas atribuições em relação à organização e estruturação da Defensoria Pública, estará promovendo o desenvolvimento social e agindo em sintonia com os objetivos do Estado e os interesses do povo mineiro.
Eduardo Costa
Radialista
TEXTO
Convidado a participar de iniciativa (senão inédita) absolutamente incomum, oportuna e compatível com as aspirações de eleitores, trabalhadores, pais brasileiros, gostaria de sugerir uma reflexão ousada. Aparentemente, minha proposta pode não parecer condizente com o tema "desenvolvimento", mas, considerando que não é possível crescer econômica ou politicamente sem a verdadeira adesão dos representados, penso que poderíamos criar um novo clima entre os mineiros se a Assembleia Legislativa trabalhasse para tornar tudo o que a envolve mais transparente. Vou ser mais "claro": proponho que a Assembleia discuta se precisa mesmo pagar "jeton" aos parlamentares por sessões "extras"; se deve mesmo proporcionar aos deputados aposentadorias nunca digeridas pela população (ainda que os parlamentares contribuam para tal)e que a Assembleia promova mudanças efetivas na forma de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas, além de lutar para alterar os atuais caminhos para se chegar a postos chaves da vida mineira, como comandante da Polícia Militar e presidente do Tribunal de Justiça, quando, pelo critério atual, fica tudo dependendo apenas da vontade do governador.
Jésus Trindade Barreto Júnior
Chefe Adjunto da Polícia Civil
BOLETIM DE RÁDIO
ENTREVISTA
Pergunta: O que deve estar na agenda da Assembleia para promover o desenvolvimento do Estado? Que ação única deveria ser implantada para melhorar o desenvolvimento na sua área?
A segurança pública e a defesa social dependem muito de uma discussão que parta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A discussão sobre o desenvolvimento de Minas Gerais passa, necessariamente, pelo campo da segurança pública e da defesa social, nomenclatura adotada em Minas Gerais. No que se refere ao desenvolvimento da democracia e da economia mineira, a ideia de uma segurança pública que fortaleça a articulação entre os órgãos policiais, o Poder Legislativo, a sociedade civil e o Poder Judiciário é a mais forte de todas, quer dizer, precisamos desenvolver no plano político e técnico-científico uma articulação virtuosa que leve o Estado a compreender o fenômeno da criminalidade em todo o seu território. Compreender o fenômeno significa ajustar dados qualitativamente bem construídos, para que o poder público e a sociedade civil conheçam a dimensão real do fenômeno da violência e da criminalidade, podendo, assim, enfrentá-lo não apenas com o processo judiciário de punição dos infratores, mas, sobretudo, com a prevenção do crime.
É possível, de acordo com o sistema de defesa social - como já existe em Minas Gerais -, avançar para uma política mais profunda, no tocante a desenhar políticas preventivas a partir das lições que a repressão promove. Uma repressão qualificada dentro da lei, com respeito aos direitos humanos e, ao mesmo tempo, uma compreensão desse fenômeno permite a intervenção prévia nos lugares em que a criminalidade é mais acirrada e violenta.
Pergunta: O senhor disse, então, quando fala nessa articulação, que é preciso aumentar a integração entre as várias instituições envolvidas com a segurança pública e a defesa social?
Exatamente. E é bom ressaltar que a integração não deve acontecer apenas entre as Polícias Civil e Militar. Quando falamos em integração - e esse é o propósito de Minas Gerais com as leis vigentes que precisam ser aperfeiçoadas -, referimo-nos a uma integração com a sociedade civil, que deve ser melhor; à integração com o Poder Judiciário, que é independente, mas harmônico com o Poder Executivo; e, obviamente, à integração com o Poder Legislativo, que nos dá a base legal para o exercício dessa tarefa complexa, que é, primeiro, prevenir o crime. Porém, não sendo possível, reprimi-lo de maneira adequada à legislação vigente, isto é, com respeito aos direitos e garantias individuais.