Consulta Pública - Fórum Técnico Minas sem Miséria

O objetivo do fórum técnico Minas sem Miséria é promover a escuta da sociedade para subsidiar e apoiar a elaboração do Plano Mineiro de Combate à Miséria, previsto na Lei 19.990, de 2011, que cria o Fundo de Erradicação da Miséria, e para aprimorar as políticas públicas necessárias para a erradicação da miséria no Estado.

A consulta pública online é uma ferramenta que possibilita ampliar a participação de cidadãos interessados que, por diversas razões, não podem comparecer presencialmente aos debates. A consulta vai até 8/10/2025.

Chamamos a atenção para que as propostas a serem apresentadas mantenham relação direta com o respectivo eixo temático, sejam de âmbito estadual, e estejam alinhadas com o objetivo geral do Fórum Técnico. Atendidos esses critérios, as contribuições recebidas serão sistematizadas e encaminhadas para apreciação na etapa final do fórum técnico, entre os dias 4 e 6 de março de 2026.

O participante é responsável pelo conteúdo de sua contribuição, que será publicada na íntegra, conforme os Termos de Uso e Política de Privacidade.

Para participar, faça seu cadastro no Portal da Assembleia. Se já for cadastrado faça o login.

Tendo em vista que a pobreza não se distribui igualmente entre a população - ela tem marcadores de gênero, raça, idade, entre outros -, o reconhecimento dos direitos dos segmentos populacionais que vivenciam processos de exclusão social deve se dar em todos os aspectos do fórum técnico. Assim, propomos que os grupos abaixo sejam incluídos na discussão dos eixos temáticos de forma transversal:

  • população negra;
  • mulheres;
  • crianças e adolescentes;
  • população em situação de rua;
  • população LGBTQIAPN+;
  • povos indígenas;
  • povos ciganos;
  • povos e comunidades tradicionais;
  • pessoas com deficiência;
  • pessoas idosas;
  • pessoas catadoras de materiais recicláveis;
  • juventudes;
  • população de migrantes e refugiados.

Esperamos que os debates em todos os eixos temáticos busquem dar visibilidade às especificidades desses grupos durante a elaboração de suas propostas e que essa transversalidade não promova segmentação das temáticas, mas, ao contrário, fortaleça a integração entre elas por meio do compartilhamento de vidas, lutas, afetos e sonhos, numa rica mistura de identidades culturais e étnico-raciais, de gêneros, entre outras singularidades.

Últimas contribuições

Mostrando de 1 a 10 de 81 contribuições

Data Contribuições Temas
08 out. 2025 13:54
Por Lucas Silqueira Franco Maia | Conselho Estadual de Educação | Belo Horizonte/MG

Acreditamos que a superação da miséria envolverá maior promoção e consolidação da educação profissional e tecnológica (EPT) em Minas Gerais. Sugerimos que o Plano Minas Sem Miséria preveja ações de educação profissional voltadas para este público específico, bem como especifique os atores institucionais que ficarão a cargo de sua implementação. Consideremos, por exemplo, um desafio específico da EPT que é a grande necessidade de articulação com os setores público e privado para melhorar o diagnóstico da demanda de cursos de educação profissional e tecnológica que dialoguem com as necessidades reais da sociedade, do público mais vulnerável e também do mercado, para garantir que os profissionais formados encontrem trabalho em suas respectivas áreas. Uma possibilidade seria mapear o perfil da população mais vulnerável e incentivar a oferta, por parte do setor público e privado, de cursos da educação profissional e tecnológica, ou da Educação de Jovens e Adultos (EJA) profissional, nas formas que atendam especificamente a esse público, seja por meio da qualificação profissional (Formação Inicial Continuada, certificação profissional ou notório saber), ou ainda por meio de cursos técnicos mais alinhados à demanda real do mercado e com maior empregabilidade. Adicionalmente, em relação ao embasamento estratégico do referido plano, sugerimos que a sua formulação dialogue com especialistas da educação profissional e tecnológica. No contexto específico da EPT, isso auxilia a superar alguns mitos, como por exemplo aquele de que os cursos técnicos são apenas ferramentas de atendimento ao mercado. Entre estes especialistas esta discussão já está superada, e a EPT é vista como um estágio educacional importante que pode ser fomentado para atingir a verticalização da trajetória educacional e emancipatória dos indivíduos, que poderão prosseguir eventualmente para o ensino superior.

Eixo 2: Trabalho digno e educação
11 contribuições
08 out. 2025 12:30
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 3: Diversidade, assistência social e saúde
18 contribuições
08 out. 2025 12:27
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 4: Moradia, território e meio ambiente
19 contribuições
08 out. 2025 12:26
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 4: Moradia, território e meio ambiente
19 contribuições
08 out. 2025 12:25
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 4: Moradia, território e meio ambiente
19 contribuições
08 out. 2025 12:24
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 4: Moradia, território e meio ambiente
19 contribuições
08 out. 2025 12:21
Por BEATRIZ RAMOS LEPORE | Belo Horizonte/MG
Eixo 4: Moradia, território e meio ambiente
19 contribuições
07 out. 2025 22:17
Por Luciana Araujo Vacari Dorim | Sesc Mesa Brasil Minas Gerais - Serviço Social do Comércio - Fecomércio Minas | Belo Horizonte/MG

Valorização dos saberes locais e práticas alimentares tradicionais: 1. Inclusão nos cardápios de equipamentos públicos - Incorporar alimentos e receitas tradicionais nos cardápios de restaurantes populares, cozinhas comunitárias, escolas públicas e unidades de saúde. Exemplo: uso de plantas alimentícias não convencionais (PANCs), farinhas regionais, preparos típicos de comunidades quilombolas, indígenas ou ribeirinhas. 2. Formação e capacitação com base nos saberes locais - Realizar oficinas culinárias e cursos de nutrição com foco em práticas alimentares tradicionais, ministradas por lideranças locais, cozinheiras comunitárias e guardiões da cultura alimentar. - Estimular o protagonismo das comunidades na transmissão de seus conhecimentos. 3. Feiras e circuitos de alimentos tradicionais - Apoiar a realização de feiras agroecológicas e culturais que promovam a venda e o consumo de alimentos típicos, fortalecendo a economia local. - Criar circuitos gastronômicos que valorizem a culinária regional como patrimônio cultural e turístico. 4. Registro e proteção dos saberes - Incentivar o registro documental e audiovisual das práticas alimentares tradicionais como forma de preservação e valorização. - Reconhecer esses saberes como parte do patrimônio imaterial das comunidades, com apoio de instituições culturais e educacionais. 5. Apoio à produção e comercialização - Fomentar a produção de alimentos típicos por meio de editais específicos, linhas de crédito e apoio técnico à agroindústria familiar. - Criar selos de identidade territorial e cultural para produtos tradicionais, agregando valor e visibilidade. Essas ações ajudam a fortalecer a soberania alimentar ao reconhecer que cada povo tem o direito de produzir, consumir e preservar seus próprios alimentos e modos de vida.

Eixo 1: Soberania e segurança alimentar e nutricional
12 contribuições
07 out. 2025 22:07
Por Luciana Araujo Vacari Dorim | Sesc Mesa Brasil Minas Gerais - Serviço Social do Comércio - Fecomércio Minas | Belo Horizonte/MG
Eixo 1: Soberania e segurança alimentar e nutricional
12 contribuições
07 out. 2025 22:05
Por Luciana Araujo Vacari Dorim | Sesc Mesa Brasil Minas Gerais - Serviço Social do Comércio - Fecomércio Minas | Belo Horizonte/MG

Propõe-se a articulação de estratégias conjuntas entre o poder público, organizações da sociedade civil e instituições como o Sesc Mesa Brasil, com foco na redução das perdas e desperdícios de alimentos e na promoção do acesso à alimentação adequada. As ações sugeridas incluem: Mapeamento e articulação de produtores: - Identificação e georreferenciamento de agricultores familiares, urbanos e periurbanos que enfrentam perdas de alimentos em suas cadeias produtivas. - Mapeamento de territórios com maior incidência de desperdício alimentar, tanto na produção quanto na comercialização e consumo. Formação de redes colaborativas: - Criação de redes locais e regionais que conectem produtores com excedentes alimentares a equipamentos públicos e entidades da rede socioassistencial. - Estímulo à formação de parcerias entre agricultores, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, restaurantes populares e programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Capacitação e educação alimentar: - Realização de oficinas e cursos técnicos sobre Segurança Alimentar e Nutricional, boas práticas de manipulação, aproveitamento integral dos alimentos e consumo consciente. - Campanhas educativas voltadas à mudança de padrões estéticos na comercialização de alimentos, valorizando produtos com imperfeições visuais que não comprometem sua qualidade nutricional. Incentivo à mudança de padrão comercial: - Proposição de políticas públicas que estimulem o comércio e a aquisição institucional de alimentos fora dos padrões estéticos convencionais, mas plenamente seguros para o consumo. - Apoio à agroindústria familiar para o beneficiamento de alimentos excedentes ou fora do padrão comercial, com foco na inclusão socioprodutiva. Integração com o Sesc Mesa Brasil: - Ampliação da atuação do Sesc Mesa Brasil em Minas Gerais, com apoio logístico e institucional para coleta e distribuição de alimentos excedentes. - Estabelecimento de protocolos de cooperação entre o Programa e os municípios para fortalecer a rede de Segurança Alimentar.

Eixo 1: Soberania e segurança alimentar e nutricional
12 contribuições