Inscrições abertas para evento sobre os direitos da mulher
Ciclo de debates integra agenda de mobilização em defesa da igualdade de gênero e contra o machismo.
08/03/2017 - 15:33 - Atualizado em 09/03/2017 - 11:57Já estão abertas as inscrições para o Ciclo de Debates Pela Vida das Mulheres – Educação, Enfrentamento do Machismo e Garantia de Direitos, que será promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) no próximo dia 30, marcando o mês de março como um momento de mobilização e luta pela garantia dos direitos das mulheres, pela igualdade de gênero e contra o machismo.
As inscrições para o evento, que começam no Dia Internacional da Mulher, comemorado mundialmente nesta quarta-feira (8/3/17), podem ser feitas até as 15 horas da véspera do evento (29), por meio de formulário on-line. Na programação, a partir das 14 horas e com previsão de se estender até a noite, estão previstos três painéis seguidos de debates e uma apresentação cultural.
O primeiro painel, que abre o ciclo de debates, vai discutir a importância das discussões relativas a gênero e do enfrentamento à cultura do machismo na educação.
O segundo painel discutirá o enfrentamento ao machismo institucionalizado para garantir a participação da mulher nas instâncias de poder e decisão.
Por fim, no terceiro painel, o tema em debate será mulheres, respeito às diversidades e garantias de direitos. Os nomes dos palestrantes ainda estão em fase de confirmação.
Em linhas gerais, a ideia dos organizadores é:
- Discutir a importância do debate de gênero e contribuir para o respeito à diversidade na educação formal e informal;
- Garantir mecanismos de ingresso e permanência de mulheres nos espaços de poder e decisão;
- Debater as reformas legislativas, o retrocesso nas políticas públicas e os impactos na vida das mulheres;
- Comprometer a ALMG com a defesa e promoção dos direitos das mulheres.
Mobilização - Na organização do ciclo de debates estão representantes de dezenas de entidades ligadas à luta pelos direitos das mulheres que, ao longo dos últimos meses, se reuniram para definir estratégias para tornar o debate mais produtivo.
As entidades parceiras na organização do evento e a bancada de mulheres da Assembleia também apoiam outras ações para marcar o Dia da Mulher programadas para ocorrer na Capital ao longo do mês.
A deputada Marília Campos (PT), que participa ativamente desta mobilização, destaca a importância das ações. "Mais do que parabéns e flores, queremos os nossos direitos respeitados. Por isso, neste mês no qual se comemora o Dia Internacional da Mulher, estamos promovendo o debate sobre a reforma da previdência, que atinge principalmente as mulheres e os mais pobres; sobre a educação; e sobre a necessidade permanente de combate ao preconceito, ao assédio e ao machismo. Esses são temas que precisam estar na ordem do dia no Parlamento Mineiro", afirmou.
Comportamentos impróprios serão denunciados nas redes sociais
Como parte do ciclo de debates, está em andamento ao longo deste mês de março a campanha "Isso é machismo. #NãoSouObrigada", que a ALMG promove nas redes sociais com o objetivo de reforçar justamente um dos objetivos do evento, que é o enfrentamento da cultura do machismo.
A campanha prevê a publicação, nos perfis da ALMG nas redes sociais, de animações que apontam situações de machismo vividas em casa, no trabalho e nos relacionamentos.
O objetivo é mostrar que as mulheres não são obrigadas a aceitar comportamentos desse tipo no dia a dia, tendo em vista que a mobilização em defesa delas é muito forte nas redes sociais hoje em dia.
Os vídeos serão postados na página do Facebook, no perfil do Twitter e no canal do YouTube da Assembleia. Todas as animações e demais posts da campanha estarão acompanhados das hashtags #NãoSouObrigada e #IssoÉMachismo. Os visitantes serão estimulados a replicar essas expressões em suas postagens e poderão, ainda, personalizar a foto de seus perfis do Facebook e do Twitter com o tema.
Este é o terceiro ano em que a ALMG realiza campanha nas redes sociais em comemoração do Dia Internacional da Mulher. Em 2015, a ação defendeu uma maior participação das mulheres na política e, em 2016, o destaque foi a violência contra a mulher, com a hashtag #NãoSeCale.
Da mesma forma, esse é o terceiro ciclo de debates sobre questões relacionadas às mulheres realizado pela Assembleia desde 2015.