Aprovados em concurso da Polícia Civil cobram nomeação
Manifestantes pedem ajuda da Comissão de Segurança Pública, que vai promover audiência para cobrar posição do governo.
14/09/2015 - 18:14A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai debater em uma audiência pública a situação de centenas de aprovados em concursos da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros, estes últimos excedentes, que cobram a nomeação pelo Executivo. Essa foi, segundo o presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), a principal definição de uma reunião nesta segunda-feira (14/9/15), no Teatro da Assembleia, com cerca de 100 pessoas nessa situação.
De acordo com o deputado Sargento Rodrigues, a situação do grupo já era conhecida pela comissão, que já havia até aprovado o requerimento para o debate. A expectativa agora é de que, na audiência com a presença de representantes do Executivo, os aprovados nesses concursos sejam finalmente informados sobre a real situação. Além do deputado Sargento Rodrigues, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) também assina o requerimento para a audiência.
Vestidos de preto em sinal de luto e portando faixas e cartazes de protesto, os aprovados em concursos da Polícia Civil e dos Bombeiros se dirigiram originalmente nesta segunda (14) para o Auditório da ALMG, onde aconteceria audiência pública da Comissão de Segurança Pública sobre outro tema. Eles foram recepcionados pelo deputado Sargento Rodrigues, que conduziu o grupo até o Teatro. Lá, eles puderam discutir sua situação também com a presença dos deputados Gustavo Corrêa (DEM), Antônio Carlos Arantes (PSDB), Lafayette de Andrada (PSDB) e Dalmo Ribeiro Silva.
Nas faixas e cartazes dos manifestantes, a crítica principal é o sucateamento das duas corporações, carentes de pessoal, em contrapartida à indefinição do Executivo. No caso da Polícia Civil, a informação é de que 1.080 investigadores aprovados no concurso realizado no ano passado aguardam nomeação.
Recomposição de efetivo - O deputado Sargento Rodrigues classificou como “justa” a cobrança de nomeações, lembrando que esta foi uma promessa de campanha do atual governador. “Minha posição é clara sobre a questão; ao contrário do governo, que ora fala uma coisa, ora fala outra, apesar do compromisso assumido. Nós, deputados da oposição, estamos até ajudando o governo a aprovar o projeto do parcelamento de dívidas (PL 2.544/15) para que possa aumentar a arrecadação. Afinal, é uma decisão que impacta as contas do Executivo, mas também sei da necessidade das forças de segurança pública de recompor seus efetivos”, afirmou.
Segundo o parlamentar ele, o sucateamento promovido sobretudo na década de 1990, a aposentadoria de servidores e a falta de planejamento contribuíram para que, no caso da Polícia Civil, o efetivo fosse reduzido em cerca de 4 mil policiais nos últimos anos, baixando de um total de aproximadamente 13 mil para 9 mil, situação que precisa ser revertida. Ainda de acordo com o parlamentar, a Comissão de Segurança Pública vai se empenhar nisso e, portanto, está permanentemente aberta ao grupo, que já pode expressar sua posição em outras reuniões.